ATA DA CENTÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 17-11-2011.

 


Aos dezessete dias do mês de novembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Elói Guimarães, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Alceu Brasinha, o Projeto de Resolução nº 040/11 (Processo nº 3618/11); pelo vereador Beto Moesch, juntamente com os vereadores Dr. Raul Torelly e Dr. Thiago Duarte, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 016/11 (Processo nº 3105/11); pelo vereador Elias Vidal, o Projeto de Lei do Legislativo nº 191/11 (Processo nº 3609/11); pelo vereador Nilo Santos, o Projeto de Lei do Legislativo nº 125/11 (Processo nº 2925/11); pela vereadora Sofia Cavedon , o Projeto de Lei do Legislativo nº 197/11 (Processo nº 3720/11). Após, foi apregoado Requerimento s/nº, de autoria do vereador Carlos Todeschini (Processo nº 3708/11), deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia de hoje ao dia dezenove de novembro do corrente, no 1º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados – CNTU –, no Município de São Paulo – SP. Do EXPEDIENTE, constaram Comunicados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação, emitidos no dia vinte e quatro de outubro do corrente. Após, por solicitação do vereador João Antonio Dib, foi efetuado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Adaury Pinto Fillipi, falecido no dia de hoje. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Ronie Gomes, Presidente da Associação dos Moradores do Jardim Vitória da Conquista, que discorreu acerca das políticas públicas de reassentamento de moradores de vilas populares de Porto Alegre. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Reginaldo Pujol, Pedro Ruas, Paulinho Rubem Berta, Nelcir Tessaro, Maria Celeste, Toni Proença, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio e DJ Cassiá manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Pedro Ruas, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, este pela oposição, Nelcir Tessaro, Maria Celeste, Toni Proença, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio e Alceu Brasinha. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, ao senhor Ronie Gomes. Após, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “f”, do Regimento, a senhora Presidenta concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Paulinho Rubem Berta. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em seguida, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar do tema “Conselhos Tutelares”. Compuseram a Mesa a vereadora Sofia Cavedon e o vereador DJ Cassiá, respectivamente Presidenta e 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, e o senhor Rodrigo Farias dos Reis, Coordenador-Geral dos Conselheiros Tutelares de Porto Alegre. Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso I, ao senhor Rodrigo Farias dos Reis, que se pronunciou sobre o tema em debate. Durante o pronunciamento do senhor Rodrigo Farias dos Reis, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se a vereadora Maria Celeste, em tempo cedido pelo vereador Pedro Ruas, e os vereadores Mario Fraga, Tarciso Flecha Negra, Nilo Santos, Elói Guimarães, Aldacir José Oliboni, Mauro Zacher e Toni Proença. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, ao senhor Rodrigo Farias dos Reis. Às dezessete horas e dezessete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e dezoito minutos. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 020 e 026/11, os Projetos de Lei do Legislativo nos 138, 161, 162, 163, 171, 172 e 177/11 e os Projetos de Resolução nos 034 e 041/11; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/11, o Projeto de Lei do Legislativo nº 179/11 e o Projeto de Resolução nº 042/11. Durante a Sessão, os vereadores Reginaldo Pujol, Fernanda Melchionna, Alceu Brasinha e Pedro Ruas manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e dezenove minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Paulinho Rubem Berta e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Passo a presidência dos trabalhos à Verª Sofia Cavedon.

 

(A Verª Sofia Cavedon assume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, requeiro a V. Exª que o Plenário faça um minuto de silêncio em memória de Adaury Pinto Fillippi, que foi Vereador e Presidente desta Casa, foi Procurador do Estado, Deputado Estadual e Secretário de Governo no momento em que eu era Prefeito da Cidade .

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com certeza, Ver. João Antonio Dib, agradecemos a lembrança importante. Determino que se faça um minuto de silêncio neste momento.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu recebi, honrosamente, a incumbência de representar a Casa na solenidade de entrega, à comunidade, da nova sede da Associação Comercial Industrial da Restinga, razão pela qual eu teria que me afastar da Câmara lá pelas 16 horas. Eu me anteciparei, porque pretendo comparecer ao sepultamento do ex-Vereador Adaury Pinto Fillippi, meu amigo pessoal, e como dizia o Ver. Dib, foi seu Secretário de Governo na mesma época em que eu era Diretor do Departamento Municipal de Habitação. Por isso, eu, antecipadamente, justifico, em torno das 15 horas, a minha retirada dos trabalhos, lamentando não ficar, como de costume, até o final com meus companheiros aqui na Casa.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, Ver. Reginaldo Pujol.

O Sr. Ronie Gomes, representando a Associação dos Moradores do Jardim Vitória da Conquista, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à urbanização da comunidade e reassentamento da Vila Nazaré.

 

O SR. RONIE GOMES: Boa-tarde, Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, não são só a Nazaré e a Vitória da Conquista, mas também o pessoal do Recanto do Sabiá, o pessoal do Guerreiro, na representação do Paulo, o pessoal da Maurício, da Restinga, o pessoal do Jenor Jarros, lá da Zona Norte, o pessoal do Loteamento do Bosque. Eu venho aqui, hoje, representando não somente uma ou duas comunidades, mas muitas comunidades. Eu estou aqui como Conselheiro do Orçamento Participativo, e não somente como Presidente de uma comunidade, mas de toda uma região de Porto Alegre.

Então, Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, eu vou por etapas. Como são muitos os temas, eu vou começar pelo mais curto, que é o da Jenor Jarros. Eu não estou aqui para brigar com os Vereadores ou achar quem é o culpado ou inocente na história. Como eu já disse uma vez para o Pedro Ruas e para o Luciano Marcantônio: nesse mundo da política não existem meninos bons nem meninos maus, existem pessoas que às vezes agem por algum impulso e sem ter, talvez, o total conhecimento de uma região ou de uma comunidade. Nós somos seres humanos passíveis de erros, e podemos, sim, errar! Mas o mais legal do erro é quando nós assumimos que erramos e tentamos achar uma solução para aquele erro, para amenizar o sofrimento: de um lado, nós confortamos, e, de outro lado, às vezes, muitas pessoas ficam devendo.

Eu quero parabenizar o Pedro Ruas e o Brasinha, porque, na última reunião da CUTHAB em que eu estive presente, eles “mataram no peito” e assumiram que erraram, sim! E a Casa pode errar, porque aqui há seres humanos, sim! Nós aprendemos com os erros, porque ninguém que errou aqui pode dizer que é perfeito, e eles querem ajudar a corrigir essa situação junto com todos os Vereadores da Casa.

O primeiro passo, vou começar com a Jenor Jarros. Lá são três mil famílias, são aproximadamente 1.750 idosos que dependem de um único posto de saúde. O total da sua construção não chega a 150 metros quadrados. E eles têm uma área com quase 1.800 metros quadrados para ser construído um posto de saúde; eles têm uma verba gravada no Orçamento Participativo; eles têm a promessa da construção do posto; eles têm o projeto junto à Secretaria Municipal de Saúde. Eles têm o dinheiro gravado, mas têm um problema e vêm pedir socorro aos Vereadores da Casa: ninguém acha a matrícula da área para poder construir o posto. Sumiu! Existe essa matrícula, que deveria estar dentro do DEMHAB ou na Fazenda. Mas ninguém consegue desmembrar aquela área, que foi doada pelo DEMHAB em 1980 para as moradias da Jenor Jarros. Imaginem, vai para 30 anos o posto, que é minúsculo, que tem uma infraestrutura insuficiente para atender 1.750 idosos – não vou falar nem das crianças e nem dos jovens, só vou falar dos idosos –, dos quais temos aqui o representante Cacá, da Jenor Jarros, que há três anos vem lutando por isso.

Nós estamos aqui para pedir socorro, para fazer um apelo aos Vereadores, como o Nelcir Tessaro, que é um bom Vereador e foi um ótimo Secretário do DEMHAB, para saber onde se encontra a matrícula, se puderem nos ajudar! Vamos fazer uma força, porque o pessoal está precisando desse posto de saúde. O dinheiro está aí e vamos perdê-lo! Há o dinheiro e há o projeto!

O segundo ponto, o Jardim Vitória da Conquista: é a minha comunidade da qual sou presidente. Muito obrigado ao pessoal que deixou de trabalhar para estar aqui; ao pessoal do Recanto do Sabiá, que deixou de ir trabalhar para estar aqui; aliás, a todas as comunidades; ao Paulo, cadeirante – há muitos líderes comunitários aqui; a Madalena, da Nazaré. (Palmas.)

Na Vitória da Conquista, há três anos tem uma promessa de um EVU, que há três anos vai para a SPM – Secretaria Municipal do Meio Ambiente, volta para o DEMHAB, sai, vai... Nós precisamos! Só falta isso. Minha comunidade tem plano altimétrico, estudo topográfico, DM, já está tendo a implantação da água, implantação da rede de energia elétrica, mas não consegue ter o EVU, e vou dizer o por quê. O EVU é o Estudo de Viabilidade Urbanística. Eu sei que tem alguns moradores da minha comunidade, e sei a quantidade e o DEMHAB também sabe, que precisariam ser reassentados, como sei que tem morador – sou cachorro para falar isso, me perdoem a palavra – que tem duas, três casas dentro da minha comunidade. Já passei para o DEMHAB a história. Já que a terra é do Município, a pessoa que tem dois terrenos tem a obrigação de devolver um, e o Município reassenta essas famílias – da minha comunidade – que precisam, dentro da minha comunidade, não precisa gastar dinheiro lá fora. Quem já conhece a minha comunidade, quem já esteve lá – como o Elias Vidal, o DJ Cassiá, o Luciano Marcantônio e o Tessaro; o Toni Proença já foi lá muitas vezes – sabe que a maioria dos terrenos é de 10 por 20 metros, ou de 7 por 15 metros, como o Sr. Haroldo de Souza já presenciou uma vez. Então, é uma urbanização grande: as ruas têm de 8 a 10 metros, tem rua que tem 12 metros de largura – não é beco, não é viela, gente! E seguraram durante três anos o EVU para quê? Para fazer o projeto Minha Casa, Minha Vida?! Na minha comunidade, 90% é casa própria, não é barraco. Aí vão querer botar mais duas vilas dentro da minha comunidade?! Já vou dizendo de antemão que a minha comunidade não aceita; não sou eu. A minha comunidade quer urbanização, quer o EVU para ter acesso ao esgoto – quando eu falo minha, é porque estou há seis anos lutando debaixo de sol a pino. Hoje, toda a minha comunidade veio na luta, mas muitas vezes eu estou ali! Quando chamo a minha comunidade, graças a Deus, ela vem em peso, porque a comunidade acredita no meu trabalho e sabe que estou fazendo uma coisa séria.

Terceiro ponto: teve a inauguração das casinhas do Guerreiro, na segunda-feira. Está aqui o Paulo, representante da comunidade do Guerreiro, cadeirante; ele tem um déficit. Já reclamei uma vez, que, quando forem aprovar o projeto, que se aprova dentro desta Casa, muitas vezes, do Programa Minha Casa, Minha Vida, o projeto passa na mão dos Vereadores. Pode até discordar, Toni, mas em 2005, eu estive aqui, e isso foi aprovado para o PNH, foi aqui dentro, e eu estava naquela mesa lá em cima. Passou, sim, pelos Vereadores. Se o tamanho dos projetos vai de acordo com o DEMHAB, é outra questão, mas a discussão passou por aqui, por esta Casa. Nós temos uma dificuldade, porque os cadeirantes estão morando em casas do mesmo tamanho das casas dos outros! Se o cara entrar com a cadeira no banheiro, e o Paulo não me deixa mentir, não consegue virar a cadeira. A casa é bonita, de bom material, o Prefeito está se esforçando para fazer, o Goulart está se esforçando, mas temos que olhar o tamanho desses projetos para os especiais, os deficientes. O que não dá para se aceitar é que se construam casas nesse mesmo modelo.

Então, faço aqui um apelo aos Vereadores: as casas estão bonitas, estão legais, têm 45 metros, mas para o deficiente físico, para o cadeirante, o banheiro é um cubículo. É muito difícil, gente, para se locomover! A sala é junto com a cozinha. Então, eu estou deixando esse apelo aos Vereadores.

Vamos ao quarto passo: Vila Nazaré. A comunidade veio reclamar para mim, e eu sei disso e tenho como atestar os fatos, porque o que eu estou falando é verdade. O pessoal da Nazaré não quer ser reassentado lá na Maristas, e eu vou explicar por quê. Primeiro passo: não é só a questão da dignidade ou da infraestrutura, é que está ferindo o Estatuto das Cidades, em que nenhuma comunidade pode ficar dois quilômetros longe. E foi aprovado na 2ª Conferência do Estatuto das Cidades, da qual eu fiz parte, como faço de todas, que nenhum cidadão poderia ser realocado longe do seu trabalho, da sua escola, dos seus entes queridos, da convivência do local onde nasceu e foi criado. Teriam que ter achado uma área próxima dali e não uma área em que o cidadão amanhã vai perder o emprego porque tem que pegar duas ou três conduções. O pessoal da Vila Nazaré está saindo dali para ir morar próximo do Timbaúva, na altura do número 15.000 da Protásio Alves. São nove quilômetros! Estão ferindo o Estatuto das Cidades, sim, e os Vereadores têm que cobrar isso, têm que olhar isso! E o pessoal da Nazaré também sabe que o alongamento da pista do Aeroporto não vai acontecer em 2014. Eu quero que alguém venha aqui na Mesa provar o contrário, porque o que está acontecendo hoje dentro do Aeroporto são as construções dos galpões para receber uma carga maior de mercadoria para pararmos de pagar o tributo a São Paulo. Isso, sim, está sendo feito. Todo mundo sabe que pela carga que vem para Porto Alegre e para primeiro em São Paulo nós temos que pagar uma alta taxa. Mas o alargamento da pista que diziam que ia ter – obrigado pela presença, Helena, Presidente da Ipê-São Borja – não vai ter mais.

Então, temos duas questões que têm que ser discutidas nesta Casa. Se não vai ter mais o alargamento, então não é para já que a Vila Nazaré vai sair, vamos voltar a discutir isso. Primeiro, que estão ferindo o Estatuto da Cidade; segundo, como é que se pode ajeitar aquela vila? Porque, desde 2005, estão para assentar a Vila Dique, e até agora não foi todo mundo reassentado.

Eu vou para o último passo, que é o mais grave para mim, é o mais grave de todos. Chama-se Recanto do Sabiá. Eu gostaria que o José, Presidente da comunidade, ficasse em pé e que todos o aplaudissem, porque ele é um guerreiro. Para mim, ele é um guerreiro de vocês, e merece o meu respeito. (Palmas.) Ele me procurou para pedir socorro, e quem já esteve lá – inclusive o Prefeito Fortunati esteve presente, no último dia 4, agora – sabe que houve alguns paliativos, graças a Deus, mas, mesmo assim, o Recanto do Sabiá ainda pede socorro, gente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ronie, eu peço que concluas o pronunciamento, porque já estou segurando o teu tempo.

 

O SR. RONIE GOMES: Eu já estou no último item. Eles pedem socorro, porque lá falta tudo. Falta água, apesar de o DMAE estar com um projeto, mas vai demorar sete meses. Poderiam dar um jeito de acelerar isso, gente, porque, em determinados horários do dia e da noite, a água não enche um copo; o pessoal não tem locomoção decente para comprar comida e ir trabalhar; lá, tem muita gente de muita baixa renda, carroceiros, gente que vive com o Fome Zero; eles não têm nem o que comer em casa. Isso nós temos que discutir, para isso os Vereadores têm que olhar e achar solução – não é só passar a mão na cabeça. Lá falta luz, asfalto, esgoto e falta o principal: um projeto que vai passar nesta Casa e que transforma aquela comunidade em AEIS – se não me engano, é o Projeto 151. É um dos dois que está passando nesta Casa, e eu gostaria que os Vereadores não ficassem postergando isso para a eleição, mas que o aprovassem o mais rápido possível. Se não chegou a esta Casa, que cobrassem do Prefeito, porque o Prefeito garantiu para esta comunidade que em dez dias o projeto estaria aqui, e já está vencendo o prazo dos dez dias. Então, eu peço socorro, sim, porque, se esse pessoal não tiver esse documento, eles não vão ter como fazer uma infraestrutura lá dentro, porque a área lá se constitui numa área de preservação ambiental, mas moram 1.100 famílias ali.

Sobre o Loteamento do Bosque, Vereadora, só para concluir, aqui estão os documentos – desculpa-me pelo tempo, Vereadora, não é por querer, mas são muitos os problemas da Cidade –, houve uma reunião na CUTHAB de que saiu um acerto, e não estou aqui para acusar quem é certo ou errado, para que as famílias que fizeram a invasão no Jardim Maricá ficassem 14 meses lá! Eu não estou para achar santo ou inocente aqui, o que eu quero dos Vereadores – e a comunidade do Loteamento dos Bosque está com suas faixas ali erguidas – é que se tome uma providência, porque 14 meses é uma vergonha! Em 14 meses, vem o próximo Vereador, vem o próximo Prefeito, e começa tudo do zero, enquanto que uma entidade como o Loteamento do Bosque existe há 25 anos, e foi colocada lá pelo DEMHAB – foi colocado pelo Governo do PT, primeiro, depois, foi acertada com o Fogaça –, e está sem escola, sem posto de saúde. Estão sem escola, por causa dessa invasão que está lá, 2 mil crianças, 1.100 famílias vão ficar sem posto de saúde, porque foi aprovado, nesta Casa aqui, essa vergonha! Foi acordada, junto com o Prefeito Municipal de Porto Alegre, essa vergonha! Quando eu falo “essa vergonha” é porque tem Vereador com irmão lá dentro dessa invasão. Tem Vereador aqui dentro que tem irmão morando nessa invasão, e aí fazem um “acordão” aqui dentro! Isso é uma vergonha; isso é uma vergonha! As famílias estão há 20 anos sem posto de saúde, sem escola, são 2 mil crianças sem escola. Isso nós não podemos aceitar. E não foi a maioria dos Vereadores aqui, não; isso saiu de dentro da CUTHAB. Não vou dizer que a culpa é da CUTHAB, não vou dizer que é tua, Pedro Ruas; a culpa é de quem não foi procurar a verdadeira entidade que é registrada na UAMPA, que é registrada numa associação que tem CNPJ, e não os invasores, que – eu digo e reafirmo, Vereadora – são todos de Alvorada.

É só levantar o Título de Eleitor. É o que eu peço para todo o mundo, porque essa aí é a nossa força, é o Título de Eleitor. Eu peço que os Vereadores olhem para trás e vejam que é o Título de Eleitor que bota vocês aqui, que bota o Prefeito lá, qualquer que seja, de qualquer Partido. Então, peço que ouçam – eu só estou pedindo, gente, e não estou acusando ninguém –, que os Vereadores chamem para si essa responsabilidade e venham com carinho, porque 14 meses é empurrar o problema para outro Governo, e isso nós não podemos aceitar.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ronie, por favor, eu peço que conclua.

 

O SR. RONIE GOMES: Obrigado. A luta é nossa, a luta é do Recanto do Sabiá, da Restinga (Palmas.), da Guerreiros, da Vitória da Conquista, do Jenor Jarros.

 

 

E o pau aqui é ferro! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ronie, eu o convido a compor a Mesa dos trabalhos.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Desculpe-me, querida, deixe eu explicar à comunidade. Quero pedir às senhoras, às senhoritas que, por favor, nós possamos possibilitar o diálogo. A Tribuna Popular, infelizmente, é para uma pessoa falar, ou para mais pessoas, se tivessem dividido o tempo. Nós já possibilitamos 15 minutos ou mais, agora os Vereadores vão fazer as suas intervenções, e nós tiraremos um encaminhamento. Então, o diálogo de cada uma das comunidades nós vamos fazer num espaço adequado; não dá para ser em Plenário, em grandes assembleias assim. Eu gostaria que vocês tivessem a compreensão de poder escutar os Vereadores neste momento.

 

(Manifestação nas galerias. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem. Eu quero, inclusive, que uma assessoria nossa converse contigo, por favor, para pegar a tua situação em especial. Solicito aqui aos Vereadores que a encaminhem para conversar especialmente com ela, que quer trazer um tema específico; não dá para tratarmos de um tema específico no Plenário. Já temos aqui alguém que conversará contigo.

Senhoras e senhores, nós temos vários instrumentos para encaminhar cada um dos pontos. Neste momento, os Vereadores vão se manifestar; depois, nós vamos tratar com cada comunidade para ver como vamos encaminhar este tema.

O Ver. Pedro Ruas aguarda para manifestar-se em Comunicação de Líder.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vereadora, eu já me manifestei anteriormente, dizendo que teria que me afastar aqui da Casa. Naturalmente, eu não gostaria de prejudicar o pronunciamento nem do Ver. Pedro Ruas, que já se dirigiu à tribuna, como Vereador da CUTHAB, que inclusive foi várias vezes citado aqui e também na Comissão de Direitos Humanos, que certamente terá grande contribuição para oferecer, nem tampouco do Ver. Paulinho Rubem Berta, que trata de muitos assuntos da área dele, nem a fala do Ver. Tessaro. Eu só queria, Presidente, dizer o seguinte, e faço até numa homenagem ao nosso palestrante, que falou em nome de Jenor Jarros, da Vitória da Conquista, da Vila Nazaré, da Restinga e do Recanto do Sabiá. Só tem um detalhe: eu sou da Comissão de Constituição e Justiça. Certamente, entre os vários Vereadores que o senhor recorda que estiveram lá na Vitória da Conquista, eu não estava presente. Acho que vou me somar ao Brasinha e confessar um erro, Ver. Pedro Ruas, que nós cometemos; o senhor inclusive foi Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, e eu era o seu Vice-Presidente, e nós sempre achamos que esses assuntos eram de competência exclusiva da CUTHAB. Em verdade, hoje eu estou convencido de que não é só a sua voz que se levanta, são várias vozes que dizem que hoje o grande problema desta Cidade para nós, Vereadores, especialmente, é o não cumprimento das leis. Nós não podemos ficar eternamente submetidos a essa burocracia. Não adianta-nos fazermos excelentes leis nesta Casa, se depois elas não serão cumpridas.

Então, Srª Presidente, eu conclamo os Vereadores Elói Guimarães e Luiz Braz, Presidente e Vice-Presidente da CCJ, para que assumam esse encargo de desburocratizar o processo de recuperação urbano-social das nossas vilas populares. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder e depois prossegue sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meu caro conselheiro Paulista, nós temos mais de 700 comunidades em Porto Alegre em situação irregular e nós precisamos desse tipo de projeto da AEIS em larga escala nesta Casa. Eu acho interessante que, quando a base do Governo vem aqui, faz toda uma discussão como se fosse a favor da comunidade, e aí vem o Paulista, que tem seus erros e acertos – o nosso conselheiro do Orçamento Participativo –, e diz o seguinte: a Jenor Jarros está sem a matrícula até agora. Isso é um absurdo! Já deveriam ter ido na CUTHAB! Eu não tive a honra dessa presença lá. Todos erraram. Todos que passaram, erraram, mas não tive a honra da presença. Também não tive a tua, Paulista, a do Jardim Vitória da Conquista. O Estudo de Viabilidade Urbanística é para sair em uma semana, mas tem que ir na CUTHAB, tem que pedir lá. Mas não foram. Deveriam ter ido!

Da mesma forma, o Paulão sabe disso, outro dia interditamos uma área na qual fizeram a mesma coisa: Minha Casa, Minha Vida sem o lugar para os cadeirantes. E se isso está acontecendo novamente, Paulão, nós vamos jogar pesado de novo. Tu sabes qual é o nosso estilo, nós vamos fazer a mesma coisa. Estamos na CUTHAB à disposição, tu conheces o caminho e já utilizaste isso. Na Vila Nazaré da mesma maneira, inteiramente à disposição. É uma Comissão Permanente da Câmara, é a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação, mas tem que ser procurada. Nós temos uma média de oito a dez comunidades que nos procuram por semana. E nós queremos fazer exatamente isso. Esse EVU que não sai, Paulista, da tua comunidade, é inaceitável. Vai para a CUTHAB, por favor, e nós vamos buscar isso. Te garanto que nós vamos buscar, mas tem que ir lá.

(Manifestações das galerias.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Sempre estarei presente. E quero dizer mais, minha senhora, que estava na última reunião, que eu marquei no domingo para terça-feira. Como o Paulista falou aqui de assumir erro, não é o caso deste Vereador. Eu assumi completamente a condição de quem sempre lutou contra despejos, e vai continuar lutando. Olha, vou fazer 56 anos, tenho quatro mandatos nesta Casa, e nunca agi diferente: vou continuar lutando. Aquele despejo que ocorreu lá, de uma forma brutal e desumana, de 104 famílias para uma área que não tinha nem projeto... Eu sou contra o despejo, sou contra o despejo, sim! Eu não me nego a atender as comunidades, porque quero o posto de saúde e a escola. Mas ninguém vai vir aqui dizer que nós vamos ajudar a despejar morador pobre, não vamos ajudar. Eu já disse para vocês, alguns estão aqui e ouviram, que nós vamos lutar muito, inclusive reunir as comunidades, pelo posto de saúde e pela escola. Agora, ninguém vai me enrolar, não, não vem bancar o malandro e dizer que tenho que assumir o erro. Não houve erro nenhum, houve um acerto, Paulista; nós lutamos por isso. Depois o Paulista vem aqui e diz que tem irmão de Vereador lá, tem que dizer quem é o Vereador, porque está ficando muito esquisito esse negócio. Qual é o Vereador que tem irmão em vila que não é despejado aqui? O senhor está se apontando, mas ele não disse o seu nome. É a primeira vez que eu ouço falar que o Ver. Paulinho Rubem Berta tem um irmão lá na ocupação. Eu achei estranho, para ser bem franco, o Vereador ter participado tanto da reunião e depois não ter participado mais – eu achei estranho isso. Mas eu quero dizer que não importa a posição dos demais membros da CUTHAB, cada um sabe de si; a responsabilidade por aquele acordo de permanência daquelas pessoas é minha, é do Presidente! É minha a responsabilidade; cobrem de mim, não dos que não querem assumir isso. Eu assumo integralmente, e vou lutar sempre para que não sejam despejados! E vou lutar pelo posto de saúde e pela escola!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pedro Ruas, seu tempo está assegurado. Gurias, eu queria pedir, por favor, que vocês se manifestem ao final. O Vereador tem direito de encerrar seu pronunciamento.

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente, eu não tenho problema de diálogo; por mim podem manifestar-se todo o tempo.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, um falando e o outro ouvindo é que nós nos entendemos; todos falando ao mesmo tempo nós não nos entendemos! Esta Casa está à disposição de todas as comunidades, queremos nos ouvir.

O Ronie está anotando e, no final da fala dos Vereadores, poderá fazer os reparos e o contraponto, está bem? Muito obrigada.

 

O SR. PEDRO RUAS: Continuo dizendo, Presidente, que eu não tenho nenhum problema que se manifestem ao mesmo tempo, pode ser diálogo, pode ser como for, não tenho problema com isso.

No domingo pela manhã, eu estava na comunidade e os moradores me pediram – boa parte desses estão aqui – uma reunião na terça, na CUTHAB, e eu marquei, no domingo, para terça. E se quiserem reunir hoje, eu reúno hoje, eu não tenho problema. Só não ponham palavras na minha boca que eu não disse! Não ponham palavras, que eu não vou aceitar! Grito não me intimida! Essa história de voto; estou pouco me lixando, façam o que quiserem com o voto, não estou preocupado com isso. A questão é outra. O meu compromisso é com a comunidade. Eu recebo vocês quando quiserem: votem em Alvorada, em Viamão, votem onde votarem; não tem título de eleitor para entrar na CUTHAB. Ninguém mostra título de eleitor; nós temos causas lá.

Srª Presidente, eu quero dizer que essas lutas todas são da maior seriedade. O Paulista é uma liderança séria e reconhecida na Cidade, e traz temas aqui que merecem a nossa atenção. Agora, os Vereadores não podem demonstrar que não conheciam o tema, porque conheciam os temas. Quando nós votamos aqui o Plano Diretor, Verª Fernanda Melchionna, nós salientamos isso. No dia 21 de novembro, às 19h, nós teremos um seminário aqui com a Verª Maria Celeste, com todos integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, somente para discutir regularização fundiária – são mais de 700 comunidades de Porto Alegre –, e todos estão convidados.

Eu quero concluir, em nome da CUTHAB, dizendo que nós temos posição de defesa permanente e intransigente de todas as comunidades carentes da Cidade – regularização fundiária, a questão da água, do saneamento, do lixo –, e recebemos a todos que comparecem na CUTHAB. Agora, não coloquem palavras na minha boca. E mais, nunca peçam, mas nunca peçam que eu auxilie a despejar alguma comunidade pobre nesta Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, pessoal. Agradeço a compreensão da população para podermos nos ouvir.

O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder, e depois prossegue sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nosso ilustre amigo, Paulista; toda comunidade Jenor Jarros, loteamento do Bosque, Recanto do Sabiá, foi citado neste microfone que havia um Vereador que tinha um irmão lá. É verdade; não é mentira. Eu tenho esse irmão lá. E digo mais, o meu irmão trabalha num trailer, no Triângulo, como empregado. Só que esse meu irmão, na remoção do Parque dos Maias, Srª Presidente e Srs. Vereadores, estava cadastrado, e hoje era para ele estar com os senhores lá nos apartamentos.

Onde está a Keli? Que triste isso, isso é feio, é muito feio! A Keli é testemunha de que o meu irmão era um dos 61 cadastrados para receber um apartamento lá no Loteamento do Bosque. Ele é oriundo da mesma ocupação do Parque dos Maias. Como qualquer cidadão porto-alegrense, ele tem o mesmo direito que eu tenho, que os senhores têm! Ele estava cadastrado! Ele não é de Alvorada, ele é daqui e ele tem esse direito! E este Vereador, se tivesse condições financeiras, daria uma casa para ele, porque ele é meu irmão! Então, eu pergunto aos senhores e às senhoras: ter um irmão lá, que não tem onde morar, que estava cadastrado, que fez o mesmo processo que vocês fizeram, não tem direito? Ele não tem direito? Alguém me diga que ele não tem direito! Acham que eu me sinto orgulhoso com isso? Não. Mas também não é motivo de vergonha, porque meu irmão é trabalhador, é honesto, trabalha num trailer, é chapista, está lá sustentando a família dele. E está cadastrado! Vão usar isso como arma contra este Vereador? Aí não está certo. Eu quero ver aqui, nesta tribuna, alguém dizer que o meu irmão não tem direito, porque eu sou Vereador. Digam isso!

A Keli deveria estar aqui agora, eu pedi para ela ficar aqui – há pouco tempo ela estava aqui – para que ela confirmasse isso! As lideranças estavam lá. Foi citado que havia um Vereador aqui... Parece que eu tinha cometido um crime por ter um irmão numa ocupação. Isso é crime?! Agora eu quero perguntar para vocês, do Recanto do Sabiá: se amanhã chegar uma reintegração de posse para vocês, que são mil e poucas famílias – Sr. José, levante-se, por gentileza –, se amanhã chegar para o senhor uma reintegração de posse do Recanto do Sabiá, para a remoção de todos os que estão aí e o que estão lá, o que o senhor faria, qual seria a sua primeira atitude? Viria para a CUTHAB, a procuraria, e negociaria para que ela intercedesse junto ao Governo Municipal, ao DEMHAB, para manter essas famílias lá porque elas não têm para onde ir. Agora, deixa eu lhes dizer mais uma coisa: eu quero que essas pessoas que disseram que vieram de Alvorada provem o que estão dizendo! Repito: provem o que estão dizendo! Keli, o título não diz onde é que mora, eu quero o comprovante de residência.

E outra coisa: o senhor teve o seu espaço para falar e eu fiquei quietinho lá, então, o senhor se mantenha no seu lugar, e com a boca fechada. (Dirigindo-se a alguém nas galerias.)

Quero dizer para vocês o seguinte: eu sou líder comunitário nesta Cidade há 30 anos, participei de toda a ocupação do bairro Rubem Berta, e lá nós deixamos 3.700 famílias morando; nós participamos do loteamento da Vila Amazônia, lá estão as famílias morando! Outra coisa: se nós tirássemos as 104 famílias que estão lá, quem iria cuidar da área? Era uma invasão atrás da outra! O acordo que o Prefeito Fortunati mandou para esta Casa, feito pelo Presidente da CUTHAB, dizia o seguinte: assinado, sacramentado, em 14 meses – proposta do Ver. Brasinha –, essas famílias sairiam de lá. Por que? Porque na SMED não tem projeto pronto! Leva-se um ano para fazer um projeto e para colocar lá uma escola, leva-se mais de um ano para fazer um posto de saúde e colocá-lo lá! E aí, nós iríamos pegar as 104 famílias e jogar na rua?! É isso?! E me digam que esse povo também não veio de ocupação?! Digam para mim?! Porque estou dentro de um apartamento, hoje, o resto não precisa?! Vocês não precisam?! Não precisamos de casa?! Olha aqui, quem conquista uma casa tem que ajudar um vizinho a conquistá-la também. Olha aqui, se for para eu voltar aqui com o voto de quem se acha superior às pessoas que não têm moradia, então eu não quero esse voto. Então não votem em mim, não votem! Estou com 55 anos e sempre sobrevivi; e não foi com o dinheiro público que eu sobrevivi, foi do meu trabalho, da minha família. E é uma pena que eu não estou enxergando aqui o Ver. Pedro Ruas. Cadê o Ver. Pedro Ruas? Onde? (Pausa.) Vereador, é o seguinte: eu não fui lá porque tinha um outro compromisso urgente que também dizia respeito à habitação – e a CUTHAB tem se desdobrado para tudo quanto é lado – agora, eu lhe disse que o acordo já estava pronto quando eu cheguei na CUTHAB! Eu lhe disse lá e digo de novo que ratifiquei o acordo, sim, mas eu não participei dele! O senhor não me chamou, o senhor fez o acordo sozinho, o senhor não chamou nenhum membro da CUTHAB para fazer o acordo! O senhor fez sozinho o acordo! O senhor é Líder de uma Comissão, portanto, deve chamar os Vereadores e dizer que está fazendo este ou aquele acordo e deve perguntar se os Vereadores querem ou não fazer tal acordo! Então, eu lhe disse lá, e lhe digo aqui que ratifico o acordo que o senhor fez, mas não concordo com os métodos que o senhor usou! Não concordo! Está errado! (Palmas.) O senhor tem que chamar a Comissão, negociar e discutir com os seus membros! O senhor é Presidente da CUTHAB e não um o dono dela! Esta Casa não tem dono, Vereador; esta Casa é deles, é do povo! (Palmas.)

Srª Presidente, para encerrar, vou defender, até meu último dia, o direito à moradia. Moradores do Conjunto Jenor Jarros, vou dar uma dica para vocês: o posto de saúde de vocês não saiu, porque estão fazendo politicagem! Estão fazendo politicagem! Olha aqui, estão fazendo politicagem de olho em 2012! Estão fazendo politicagem para 2012. Seriedade? Não. Palavra bonita não vale! Se estivéssemos todos lá, Sr. Paulista, em parceria, vocês já estariam erguendo o posto de saúde. Muito obrigado. Parabéns, moradores do Recanto do Sabiá!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Ver. Brasinha, quantas vezes consta o nome do Ver. Paulinho Rubem Berta naquela ata? Ver. Paulinho Rubem Berta, há 16 intervenções suas naquela ata ali.

Agora, V. Exª não vai me ensinar a presidir a CUTHAB! Eu chamei os Vereadores para uma negociação urgente, como chamo sempre, e foram. Vossa Excelência não vai me ensinar a dirigir a CUTHAB e não vai me ensinar coisa nenhuma! Coisa nenhuma! O que eu tenho para aprender com V. Exª eu já sabia aos dez anos de idade! Então, não tenho nada a aprender com Vossa Excelência! Nada! Principalmente franqueza e honestidade com a população! Eu disse que assumi sozinho! E não sou dono da CUTHAB coisa nenhuma! Chamei, e V. Exª não teve coragem de dizer para o povo que estava lá junto! Eu tive, o Ver. Brasinha teve, mas V. Exª não teve coragem; teve medo de dizer para o povo que participou do acordo! Teve medo, como teve medo do Sr. Paulista, como tem medo, quando tem que assumir posições! Eu não tenho, eu assumo sozinho, assumo todas elas, estarei na CUTHAB sempre! Vossa Excelência teve medo, não foi, porque teve medo! O seu nome foi citado ali 16 vezes! Na reunião com a comunidade, foi uma vergonha! A comunidade ali presente perguntava: “quem fez, quem fez?” E ele dizia: “eu cheguei agora”. O Ver. Brasinha me olhava e ria: “ele chegou agora!?” Fez 16 intervenções! Dezesseis intervenções! Não estava errado, Vereador, estava certo. O erro é o seu medo da comunidade aqui; o erro é o seu medo de assumir que tem um irmão lá! Porque eu ouvi falar, por denúncia do Paulista, somente hoje, que o senhor tem um irmão lá. O senhor tinha obrigação ética de me dizer que tinha um irmão lá! Eu estou negociando a permanência das pessoas, o senhor tem um irmão interessado, e não me conta, e não me fala!? Vossa Excelência nunca mais dirija a palavra a mim. Nunca mais. Nunca mais!

Estamos negociando lá, há uma comunidade desamparada, são 104 famílias sendo despejadas, tem um Vereador que tem um irmão interessado e não conta para o Presidente da CUTHAB!? E eu tenho que ouvir isso do Paulista, aqui, somente agora?! Confiem na CUTHAB, confiem na CUTHAB! Mas eu tive uma profunda decepção, naquele dia, com o Ver. Paulinho Rubem Berta. E tenho outra hoje, pior que aquela, Ver. Mauro Zacher, pior que aquela! Se rebaixar para fazer discurso fácil para a comunidade: “eu não estava lá, foi o Pedro Ruas!” Fui eu, sim, faria mil vezes de novo! Mas eu chamei os Vereadores, chamei sempre, Paulinho Rubem Berta. Chamei o Brasinha, chamei o Elias, eles vão, são bons Vereadores. Eu nunca tinha visto nenhum deles ter medo da comunidade assim; eu não sei se é medo físico ou é medo eleitoral, mas é medo. Portanto, do meu ponto de vista, isso é um erro brutal do Vereador, que eu não posso aceitar. A comunidade sabe, nós vamos lutar sempre pelo posto de saúde e pela escola. O Paulista também sabe; nós temos divergências, enfim, mas respeito muito a liderança dele, uma liderança séria, honesta, ele é trabalhador como vocês, e eu o respeito. Eu tenho um conceito: toda divergência honesta pode ser composta; quando não há má-fé nós podemos pensar diferente e podemos compor, mas quando há má-fé, realmente é impossível. Quando alguém está enganando, está mentindo, aí é difícil, aí é impossível; quando é sério, quando nós todos queremos acertar, somos honestos, até podemos divergir, ter posições diferentes, mas podemos dialogar, conversar, e talvez se chegue a um denominador comum. O que não conseguimos é, com a má-fé, com o engano, com a falta de honra e de palavra, chegar a algum lugar; aí não se chega a nada. Mas eu tenho certeza de que no conjunto dessas reivindicações... Eu vou ficar aguardando uma resposta do Paulista, do porquê daquelas questões que falei antes aqui, não vieram ainda para a CUTHAB. No momento em que vierem para a CUTHAB, eu tenho certeza absoluta de que poderemos dar um encaminhamento muito melhor, começando, Paulista, pela tua vila: está demorando demais esse EVU e, se estivesse na CUTHAB, já teria saído. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder, e, após, prossegue sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero cumprimentar a comunidade da Zona Norte que está aqui presente, quero cumprimentar o Paulista, o Ronie, que hoje pediu a Tribuna Popular, e quero dizer que sei da ansiedade de todos que estão aqui. Tantas e tantas reuniões tivemos com a Keli, lá no Bosque, porque aquele condomínio já era para ter sido realizado há muito tempo; porque a Caixa Econômica Federal tem reservado os recursos desde 2010 até 2011, para se fazer aquele projeto das 51 unidades. Do pessoal da Vila Amazônia, que não está aqui, está no caderno do OP gravada uma área, decretada a utilidade pública e falta a desapropriação... E nós acordamos no dia 20 de março de 2008, perante audiência com o Juízo do Sarandi, quando pedimos que fosse instalada a energia elétrica, e foi instalada pela CEEE, Ver. Paulinho, com o compromisso da desapropriação, e agora nós estamos com o problema também da iminência de um mandado judicial para despejo daquelas famílias que lá residem.

O Recanto do Sabiá foi muitas vezes trabalhado com o Estado, para fazer a regularização e resolver aquele problema. Quantas e quantas vezes estivemos lá e foi protelado? Já deveriam estar regularizados.

A Vila Dom Pedro, de que agora estão querendo fazer topografia, outros entrando com usucapião, e as pessoas residindo há 20 anos lá. E dizem que a Guerino – ou sucessores – está querendo retirar essas famílias.

É muito complicado porque a Habitasul também está ingressando lá no Parque dos Maias, querendo retirar aquelas famílias, onde ela não tem mais direito de retirá-las. Aquelas famílias têm direito de propriedade, porque já estão lá há 20 anos. Só que existem terceiros interessados, estão entrando com ações judiciais, interpelação judicial primeiro, e as pessoas se assustam e saem. Aqueles que vão à Justiça, com uma manutenção de posse, permanecem lá, e há discussão, há negociação. Primeiro eles querem forçar a retirada para depois negociar, e não é assim que se faz.

Eu entendo o problema daquela praça, o problema que foi feito com a ocupação. Eu sempre defendi que aquela praça fosse preservada; vocês sabem disso. Quantas e quantas reuniões nós fizemos a respeito daquela praça? Agora tem que sair uma negociação. É claro que aquelas famílias, não sei de onde vieram – estão dizendo que são de Alvorada –, eu acho que tem que se fazer um cadastro e comprovar e verificar de onde essas famílias vieram. Tem que verificar, Brasinha!

A CUTHAB fez o seu papel: ela discutiu em uma Reunião, mas eu acho que, antes mesmo, já deveriam ter sido cadastradas essas famílias para se saber isso. Em Alvorada estão construindo 2 mil habitações. Se, cada vez mais, nós trouxermos para Porto Alegre moradores de Alvorada, Porto Alegre não terá mais habitações. Nós já sabemos que, ao lado, todo, do Passo do Feijó, desde a Av. Protásio Alves, não tem mais um espaço para construir, está todo ele tomado.

E nós sabemos que a Vila dos Coqueiros está lá aguardando, há 6 anos, com um terreno designado, pronto para ser construído na Av. Manoel Elias.

Então, é o que disse o Ver. Pujol, que não está aqui agora, e, quem sabe lá, talvez, possamos buscar uma solução, junto ao Executivo, Paulista, porque nós sabemos, da Vitória da Conquista, que este Vereador colocou Área de Interesse Social lá naquela área, para sair um projeto urgente e sua aprovação. Mas nós não podemos mais trabalhar com essa burocracia, de que a cada vez que surge uma coisa nova nós vamos fazer uma reunião. As pessoas esquecem do que já acertaram e trazem tudo de novo para marcar outra reunião. As famílias passam o inverno naquela situação de calamidade; elas precisam de residências. Lá há os terrenos já destinados e não são construídos. A Caixa reclama porque tem dinheiro para a construção, e os recursos não estão sendo utilizados. Até o dia 20 de dezembro – que é mais ou menos o tempo que se trabalha no ano comercial –, a Caixa já está prevendo que, neste ano, a contratação foi só de 2.400 unidades, para família que recebem de zero a três salários-mínimos.

Mas, além da construção, nós temos que olhar como está a acessibilidade. Não podemos permitir como ocorreu lá no Camila, em que os térreos estão sendo usados por outras pessoas. Aqueles que são para as pessoas de necessidades especiais estão sendo usados por terceiros, como o que está acontecendo no Recanto dos Guerreiros e como está acontecendo também ao lado do Camila, pois, segundo o último levantamento, já têm mais de trinta casas em mãos de terceiros e não nas mãos daqueles que compraram, que negociaram, que tiveram a destinação, porque se inscreveram nas unidades de zero a três salários-mínimos. Nós temos que fiscalizar! Por isso é importante a atuação que lá no Bosque é feita, que lá no Dom Pedro é feita. Lá na Vila Amazônia, embora ela esteja sendo agilizada, no dia 07 de janeiro de 2010 – enquanto eu estava como Prefeito –, foi feito o Decreto de Utilidade Pública para a desapropriação daquela área. Foi feita a avaliação pela Secretaria da Fazenda. O juiz, na época, determinou que a Fazenda fizesse a desapropriação. Nós nos reunimos com todas as famílias da Vila Amazônia, e ficou acordado que o valor de dois milhões e meio, que era da área, seria dividido entre as 500 famílias da Vila Amazônia, o que daria 5 mil reais para cada um dos terrenos, e seriam ressarcidos para o Município. Eles não iriam ganhar os terrenos de graça! Então, é muito importante nós fazermos isso! E eu acho que a reivindicação de todos que estão aqui hoje é justa! O Município e as Secretarias têm que novamente trabalhar com transversalidade e fazer com que as habitações tenham prioridade em Porto Alegre, sem burocracia. Nós não precisamos de invasões e ocupações! Nós precisamos é de destinação de unidades habitacionais para as famílias que precisam. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para uma Comunicação de Líder e, após, prossegue sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores da comunidade que estão aqui, eu, como vizinha de vocês, conheço muito bem a situação em que se encontra a Zona Norte da cidade de Porto Alegre, especialmente a Grande Santa Rosa e o eixo da Wenceslau e Recanto do Sabiá. Eu não pude estar no início da fala do líder, o Paulista, mas tenho acompanhado e percebido que, por diversas vezes, a Zona Norte tem sido esquecida por este Governo. Por diversas vezes, há conflito entre as comunidades, e isso é do interesse do próprio Governo para desmobilizar, em certo sentido, as conquistas que já lá estão estabelecidas. Acontece dessa forma no reassentamento do antigo Parque dos Maias, porque esta comunidade do Loteamento do Bosque garantiu o espaço da sua dignidade, da sua moradia, que é um direito sagrado, mas também garantiu o direito à Educação, à Saúde, ao lazer com uma área já reservada para a tal questão sendo posta. Para nós ficou muito estranho quando, apesar dessas conquistas, inclusive definidas no Orçamento Participativo, não houve o referendo do Executivo local para a manutenção dessa questão. Mas, quando houve a ocupação por essas pessoas que estão ali, e que legitimamente buscam o seu direito à moradia – porque é legítimo as pessoas ocuparem determinadas áreas, é legítimo, porque existe o direito à moradia que deve ser preservado também –, nós vemos que o Executivo assiste passivo e não diz que ali era uma área já determinada para escola, para um posto de saúde e para essa comunidade.

Então, nós nos perguntamos: se há o Orçamento Participativo na Cidade, se há a deliberação dos delegados para trabalhar todas essas questões da Região, por que não é respeitado na hora que deveria ser respeitado? Isso é uma preocupação que nós temos. Quando me procuravam e diziam que estavam ocupando aquela área, eu respondia que vocês tinham, com certeza, o direito à moradia, mas que aquela área já estava definida para aquela população que ali está e que precisa da escola, precisa do posto de saúde e precisa da praça. Nós temos um grande problema na Região Norte da cidade de Porto Alegre, onde não temos espaços sequer para colocar as casas, quanto mais para colocar as comunidades. Esse tem sido o grande desafio.

O Ver. Pedro Ruas coordena a CUTHAB e, juntos, temos feito um trabalho de muita parceria. Eu sou Presidente da Comissão de Direitos Humanos, e quero aqui colocar, Paulista, à disposição, a nossa Comissão, porque temos feito muita parceria, tentando solucionar os problemas. Nós não queremos simplesmente jogar fora essas famílias que também têm direito a morar e que precisaram ocupar aquela terra. Precisamos acolher essas famílias, precisamos encaminhá-las, mas ali, certamente, não é o melhor lugar, porque ali já está definido para aquela comunidade. O posto de saúde, a escola, os equipamentos já foram ganhos no Orçamento Participativo há 10 anos, não é de agora, não é uma demanda deste ano! Quando o Prefeito disse que ia colocar em dia as demandas do Orçamento Participativo, eu fiquei feliz, satisfeita: vai sair o posto de saúde lá da comunidade do Jardim do Bosque, vai sair o posto de saúde que pode atender à Barcelona, vai sair a escola tão necessária, porque as crianças caminham quase 800 metros para chegar à escola. Mas o que lamentavelmente nós vemos é que nada disso se concretizou; pelo contrário, há uma conivência do Prefeito em relação à situação que está lá posta.

Eu quero aqui dizer que também queremos nos somar à luta do Ver. Pedro Ruas, que diuturnamente tem trabalhado nesta Casa pelo direito à moradia. E nós queremos que o Executivo nos responda onde colocar as pessoas que estão naquela área e que não poderiam estar. Precisamos de um tempo menor. No ano que vem tem eleição para a Prefeitura, o Prefeito não pode assumir compromissos para a próxima legislatura, ele tem que resolver os problemas do Executivo neste ano ainda, não no próximo período. Nós precisamos que ele mande para esta Casa o Projeto do Recanto do Sabiá, que, até agora, não saiu lá da Prefeitura Municipal. Então, está correto quando a comunidade vem aqui e cobra dos Vereadores. E nós vamos nos unir aqui, todos os Vereadores da CUTHAB, dos Direitos Humanos, da Saúde, como falava o Ver. Oliboni, da minha Bancada, para, juntos, cobrarmos do Executivo. É o Executivo, é o Prefeito que tem que tomar uma atitude e encaminhar para cá o Projeto da comunidade do Recanto do Sabiá.

Nós queremos e vamos cobrar o EVU da Vitória da Conquista, que também é uma determinação da Prefeitura. Nós queremos que saia logo a matrícula do Posto da Jenor Jarros; nós queremos acessibilidade para as casas do projeto Minha Casa, Minha Vida, que não têm sequer tamanho adequado para um cadeirante entrar num banheiro; nós queremos o espaço reconhecido do Loteamento do Bosque, que sejam garantidos a escola e o posto de saúde.

A Bancada do Partido dos Trabalhadores e esta Vereadora, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, querem também um lugar digno para essas famílias ocupantes desse espaço, neste momento, antes de terminar o atual Governo. Nada de deixar para o próximo Governo resolver um problema que é deste Prefeito e deste Governo.

Parabéns à mobilização da comunidade; parabéns, Paulista, muitas vezes nós divergimos, brigamos aqui em relação a várias questões da Zona Norte, mas, neste momento, assim como lutamos pela UPA que está sendo conquistada lá no Triângulo, resultante de uma parceria entre vários Vereadores e a tua liderança, tu tens em nós uma parceria para ajudar a resolver todos esses problemas. Vamos, juntos, construir o direito à dignidade, à moradia, à escola, à saúde para todas essas comunidades que estão aqui, junto ao Prefeito Municipal, porque ele é o principal responsável pela situação criada neste momento. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para uma Comunicação de Líder e, depois, prossegue a sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TONI PROENÇA: Presidente Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Paulista – permite que eu te chame assim –, Conselheiro da Região Norte; senhores, representantes das comunidades que nos visitam hoje; eu ouvi atentamente todos os pronunciamentos aqui e vou tentar fazer um diálogo com vocês, aliás, como é do meu estilo, e assim tenho feito ao longo desses anos em que a gente se conhece. Primeiro, eu quero dizer para o pessoal da Jenor Jarros que, para toda essa agenda que o Paulista coloca aqui, a gente tem, aqui na Casa, Comissões permanentes que podem ajudar a fazer com que as soluções se tornem mais rápidas. Por exemplo: está aqui o Dr. Raul, que é da Comissão de Saúde, que poderia nos ajudar a construir mais rapidamente a solução para o posto de saúde da Jenor, que depende de uma matrícula que está perdida. Acho que cada Comissão aqui da Casa, como bem lembrou a Verª Maria Celeste, poderia se encarregar de uma parte do tema para não sobrecarregar uma Comissão só, e essas Comissões, em parceria com a comunidade e com a Prefeitura, iriam construindo as soluções que estão todas apontadas. Na Jenor Jarros, nós precisamos, com rapidez, encontrar a matrícula; no Recanto do Sabiá, nós precisamos de uma intervenção maior da Prefeitura. Não é só uma questão habitacional; é preciso que a Prefeitura se estabeleça no Recanto do Sabiá e faça uma parceria com os moradores para solucionar várias questões. Por isso eu sugiro que o Recanto do Sabiá, Verª Celeste, seja tratado na Comissão de Direitos Humanos. Lá nós estamos além da questão habitacional, nós temos uma série de questões, como a geração de renda e até problemas de alimentação, como coloca o Paulista aqui. Então, eu acho que nós poderíamos tratar da questão do Recanto do Sabiá no âmbito da Comissão dos Direitos Humanos, da qual eu faço parte, e que é presidida pela Verª Maria Celeste, e composta, também, pelos Vers. Sebastião Melo, Tessaro, Marcantônio e Mario Fraga.

A questão do Guerreiro – está ali o Paulo –, tem razão o Ver. Pedro Ruas. Nós fizemos uma inspeção no Camila, que tinha o mesmo problema, chamamos na Comissão de Direitos Humanos o Secretário de Acessibilidade, e ele se comprometeu conosco a ter um novo modelo de habitação que contemplasse os cadeirantes não só no andar térreo como também, no caso de habitação vertical, no primeiro andar. Eu me lembro do depoimento do Secretário – nos chamou atenção –, pois nós temos em Porto Alegre um problema de acessibilidade não para a pessoa que mora, mas, se tu fores me visitar na minha casa, tu não podes ir ao banheiro. E é uma coisa singela, simples de resolver; nós podemos, Ver. Pedro Ruas, resolver isso com a legislação adequada.

Na questão da Atilio Supertti – eu vejo aqui o Maurício –, nós estamos muito perto da solução. Já foi construída a infraestrutura, a Caixa Econômica se compromete a publicar o edital ainda este ano, e, publicado o edital, quem ganhar a licitação pode começar a obra. Isso é lá na Estrada Edgar Pires de Castro, do pessoal que foi despejado da Atilio Supertti.

Por fim, antes da Nazaré, o Jardim do Bosque. O Ver. Pedro Ruas e a CUTHAB, Ver. Paulinho, deram esse prazo de 14 meses. Lá tem que ser preservada a escola e tem que ser preservada a praça, nenhuma escola será construída antes desses 14 meses. Os 14 meses estão dados, as pessoas que estão lá serão reassentadas em 14 meses. Esse foi um acordo que a CUTHAB fez com o Prefeito Fortunati. Durante esse tempo – aqui está a Verª Fernanda, que é da Comissão de Educação –, pode a Comissão de Educação acelerar o projeto e a licitação, inclusive, para a construção da escola, para que, quando essas famílias saírem de lá, imediatamente se comece a construção da escola. Essa é outra Comissão que tem que entrar no jogo. (Palmas.) É assim que tem que se fazer.

Por fim, a comunidade da Nazaré, diz o Paulista, que não vai haver a ampliação do Aeroporto. Também na Comissão de Direitos Humanos nós discutimos, durante um bom tempo, o reassentamento das famílias do Jardim Floresta. Eram inquilinos – os proprietários foram indenizados, foram embora e deixaram os inquilinos para trás. A Justiça Federal determinou que fossem suspensos os despejos até que aquelas famílias fossem reassentadas. Se não me engano – está a Verª Maria Celeste ali e pode me ajudar –, são 42 famílias lá do Jardim Floresta.

Então, nas Comissões Permanentes desta Casa, com boa vontade, em parceria com o Governo Municipal, e mantendo as comunidades bem informadas de todos os andamentos, nós podemos, sim, construir solução e avançar no sentido de resolver os problemas. Essa era a manifestação que eu queria fazer não a favor deste ou daquele, e, sim, a favor daqueles que precisam realmente do trabalho dos Vereadores, que são as comunidades. Não são só vocês, são 700 comunidades em Porto Alegre que precisam de regularização fundiária. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder e, depois, prossegue a sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, comunidades que aqui estão, eu escutei atentamente daqui e de lá do meu gabinete o pronunciamento dos Vereadores que por aqui passaram, todos interessados no assunto que se está tratando aqui.

Agora, eu queria dar um exemplo de como eu fiz, quando estava Secretário da SMIC. Eu fui muitas vezes lá no Bar do Beto – eu vi o Beto, agora há pouco, aqui –, conversei com muitos de vocês, porque aquele terreno da Vitória da Conquista, por exemplo, estava lá há quantos anos? A Petrobras era a dona. Era dona, e não dava para fazer nada, porque a Petrobras era a dona do terreno. E nos 16 anos que o PT ocupou a Prefeitura fez de conta que não viu nada! Fez de conta que não era com ele, durante 16 anos! Eu me lembro ainda, no começo do Governo Fogaça, ele me disse: “Cecchim, vamos tentar ajudar essa gente, nós não podemos tirá-los de lá! Eles estão lá há tantos anos, tem que ajudar a regularizar!”.

Eu me empenhei desde o primeiro dia, conversei com o pessoal, conversei com o Paulista, que ia até a SMIC, mas a SMIC, teoricamente, não tem nada a ver com habitação! Mas eu achei que era obrigação minha, mesmo sendo Secretário da SMIC, ajudar a resolver e fui ver o que podia fazer. O Fogaça me mandou e eu fiz: fui lá, chamei a Petrobras, vi que tinha um terreno do Porto Seco que dava para fazer uma permuta com a Petrobras para ela fazer o posto onde era dona, na Vitória da Conquista, e fazer a devolução desse terreno para a Prefeitura. Coloquei a Petrobras na parede e exigi: ou devolve ou eu desmancho esse contrato! Eu dei o terreno – quando digo eu, digo a Prefeitura, a SMIC, aquele terreno do Porto Seco era da SMIC – e fizemos a permuta. A Petrobras se instala aqui nessa outra esquina, Ver. Paulinho Rubem Berta, e devolve o terreno da Vitória da Conquista para a Prefeitura poder fazer as melhorias e legalizar. E assim se fez! Eu me lembro que nós fizemos essa assinatura, Paulista, lá na Prefeitura, e a comunidade foi lá; está assinado, isso já faz muito tempo. Então, eu quero dizer que eu concordo, eu precisava de mais parceria dentro da Prefeitura para fazer isso rapidamente.

Nós fizemos essa permuta com a Petrobras muito rapidamente, Paulista, que era a coisa mais difícil, e nós fizemos rapidamente, e assinamos. Então, como não dá para fazer uma DM mais rápida? Um Estudo de Viabilidade Urbanística! Tem que fazer e traçar o que é necessário. Então, precisa fazer um mutirão.

Todos os Vereadores que aqui já falaram entendem muito de habitação, e eu respeito, mas eu quis dar o meu depoimento, daquilo que dá para fazer. Cada um fazendo um pouquinho, dá para resolver. Pouco discurso, muito pouco discurso, vocês não me ouviram fazer um discurso lá no Bar do Beto. Sempre conversei com vocês todo o tempo lá, com o Paulista, recebia o Paulista, os moradores, o Beto, todos, na SMIC mesmo. A SMIC não tinha nada a ver com habitação! Podia não ter, mas o Secretário, o Vereador, todos nós, cada um de nós tem obrigação, sim, com a nossa Cidade. Nós fizemos isso, e dá para fazer.

Quando vocês estão reivindicando mais pressa, vocês têm razão! E isso não acontece só com as áreas que precisam ser regularizadas. A Prefeitura Municipal está demorando muito para tudo! Para dar um habite-se, para dar uma DM, para dar isso tudo. Isso é uma crítica dentro do Governo? É! É uma prática de muitos e muitos e muitos anos, e que na SMIC nós resolvemos. O alvará demorava 90 dias; agora, o alvará sai na hora.

Aliás, quando eu estava Secretário, eu dizia: “Aqui, até o ‘não’ tem que ser na hora. Nós não podemos enrolar o cidadão. Chega de enrolar a população! Nós não podemos fazer isso!”.

Cada um fazendo a sua parte, dá para resolver muita coisa na Cidade.

Eu estou falando da Vitória da Conquista para dar o exemplo para as outras comunidades, porque todos nós somos responsáveis por alguma coisa. São as Comissões aqui dos Vereadores, cada Secretaria do Governo, cada membro do Governo, cada Vereador, todos nós somos responsáveis para regularizar a Cidade, para dar melhor condição de vida para o cidadão, para fazer com que a obrigação do Município, do Estado, da Nação, com o cidadão, seja entendida e seja rápida, bem como a regularização fundiária. Olhem, é muito importante ter o seu endereço, e dizer: “Aqui, é o meu cantinho! Esta é a minha casa, este é o meu terreno, este é o meu endereço”.

Eu lembro quando fizemos a regularização dos camelôs que estavam na rua, e cada um ganhou a sua loja. O orgulho que todos têm em ter o seu endereço comercial.

Agora, imaginem vocês, ter o seu próprio endereço, a sua própria casa, regularizada, ser dono de onde a gente mora. Isso não tem preço! Isso é uma questão de humanidade, uma questão de cidadania, uma questão de obrigação de cada homem público fazer.

Então, eu quero dizer a todos vocês que eu não faço parte da CUTHAB: sou da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul da Câmara de Vereadores, mas me sinto tão responsável quanto cada um dos Vereadores, quanto cada um dos cidadãos que podem ajudar os seus colegas, os seus conterrâneos, os seus amigos, os seus irmãos, que precisam de uma mão forte do Executivo para realizar.

A terra está lá, não precisa desapropriar, está pronto; o mais difícil já foi feito. Então, que se faça isso urgentemente! Eu tenho certeza de que todos os Secretários que estão envolvidos nisso vão fazer alguma coisa para facilitar a vida de cada um que está aqui perdendo a tarde – não digo perdendo, porque reivindicar é ganhar também, mas fazendo um esforço enorme para pedir uma coisa que é um direito de cada um.

Então, contem comigo; e eu vou fazer aquilo que compete a mim, que é pedir para aqueles do Executivo, que têm a obrigação de fazer que sejam mais rápidos para atender às demandas da população. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para uma Comunicação de Líder, e, depois, prossegue a sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; líder comunitário, Paulista; demais lideranças, moradores que estão nos prestigiando no dia de hoje; primeiro, quero focar na questão dessas dificuldades ainda encontradas na inserção das pessoas com deficiência, nos loteamentos.

O Paulo Teixeira, que é uma liderança com atuação muito forte no segmento da inclusão das pessoas com deficiência, vem demandando a esta Casa e também colocou para mim a situação relacionada ao Jardim Paraíso e ao Camila. Essas duas situações eu levei para o Secretário-Adjunto do DEMHAB, Jorge Dusso, e ele se comprometeu, como DEMHAB, de solucioná-las o mais rápido possível. É um compromisso do DEMHAB em relação a essa demanda importante, que é o respeito à lei, o respeito à regra da inclusão e do direito à habitação das pessoas com deficiência. Em relação ao Repouso do Guerreiro, a questão, pelas informações que temos, está resolvida, mas é necessário que o DEMHAB aja rapidamente e com responsabilidade; e é assim que o DEMHAB se posicionou, na reunião em que eu levei essa demanda para o Jorge Dusso, em relação à situação do Jardim Paraíso, onde ainda não foram contempladas as pessoas com deficiência e onde também há problemas na estruturação da unidade habitacional, e em relação ao Camila, onde ainda há cinco vagas para serem ocupadas por pessoas com deficiência. Então, é um compromisso do DEMHAB, e esta Casa e vocês, lideranças, devem fiscalizar para que aconteça. Eu acredito no DEMHAB, e tenho certeza de que vai acontecer.

Em relação à questão do despejo do Loteamento do Bosque, que não ocorreu, realmente, na minha opinião – e na opinião da maioria desta Casa –, faltou diálogo com as lideranças da região para tomar conjuntamente essa decisão. Aquilo que o Ver. Toni Proença colocou aqui, com muita sabedoria e objetividade, é exatamente o pensamento do Governo, e é isso em que agora nós temos que nos focar, ou seja: garantir que esses projetos relacionados aos equipamentos de saúde e educação que lá serão construídos aconteçam com agilidade, como o Ver. Cecchim também colocou. Paralelamente a isso, tem que haver uma fiscalização sobre essa cooperativa que está se constituindo, ou está constituída, para que não haja desvios, para que não haja injustiças, para que não haja benefícios em relação a outras pessoas de Porto Alegre que estão há anos e anos esperando por habitação.

O que o Ver. Toni Proença colocou aqui resume com muita exatidão o pensamento do Prefeito Fortunati: respeitar, sim, as demandas do OP, fazer com que as que estão no PI de 2011 aconteçam, mas fazer com que essas demandas do OP que vocês têm em relação ao Bosque, na área da Saúde e da Educação, as que não estão no PI de 2011, também aconteçam. Para isso, nós temos este ano, para juntos, Câmara de Vereadores e comunidade, fazer com que o Executivo agilize ao máximo os projetos, para que a comunidade do Bosque e arredores tenha aquilo que é seu direito. Este é o pensamento do Prefeito Fortunati, e essa pressão, que é justa, deve ser respeitada, e deve o Governo trabalhar para resolver o mais rápido possível.

Contem com esta Casa, contem com as Comissões, e o Paulista, e muitas das lideranças que estão aqui, que são muito bem recebidos dentro do Governo, podem continuar contando com esse diálogo, que é a prioridade do Governo Fortunati. Ou seja, o diálogo com os movimentos sociais, o diálogo com o Orçamento Participativo, o diálogo com as comunidades. É isso que se vê no programa Prefeitura na Comunidade; é isso que se viu lá na Região, quando o Fortunati esteve dialogando com as lideranças dos bairros, ouvindo os problemas, com respeito, com bom-senso, com equilíbrio, sem demagogia e sem populismo, porque é esse o perfil e o conceito do Prefeito Fortunati, encaminhando as soluções.

Agora nós, e principalmente vocês, temos o dever de fiscalizar e apontar os erros. Vocês estão ao lado do Governo, fiscalizando e acompanhando os erros. Por isso que o Prefeito formou, por decreto, a comissão de obras, o fórum de serviços, e é lá nos próprios da região, nos Fóruns Regionais do Orçamento Participativo, que a comunidade deve se manifestar, pautar, decidir e acompanhar as decisões do Governo. Contem conosco! Obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Gostaria de informar, até para vocês terem uma perspectiva, que vocês já estão agendados no programa Câmara na Comunidade, no dia 2 de dezembro, que ocorrerá lá no Loteamento do Bosque. A Câmara vai ao Loteamento do Bosque, e chama todos os Vereadores que quiserem acompanhar. Já está agendado, não foi uma invenção de agora, acho que já tinham providenciado. Os Vereadores acompanham, mas nós chamamos todas as Secretarias para as quais vocês têm demanda.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, eu queria cumprimentar o Paulista, e cumprimentar as comunidades. O Ver. Toni Proença fez uma sugestão, que para nós é muito importante: levar a pauta para a Comissão de Educação, desde já, para batalhar pelo direito da escola. Então, quero dizer que estou comprometida com a luta de vocês, acho que valeria a pena, nessa questão da escola, chamar a Secretaria Municipal de Educação para também estar no Câmara na Comunidade, que é um importante instrumento desta Casa, e ver essa questão de apresentar projetos, para que nessa solução concomitante de reassentamento e construção de moradia para as outras famílias, tenhamos projetos, e conquistemos direitos para a comunidade.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Então a SMED, certamente, será uma das Secretarias convidadas a acompanhar o Câmara na Comunidade no dia 2 de dezembro.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores; Paulista, lideranças das comunidades, venho a esta tribuna para falar exatamente o que eu falei no dia em que tivemos a Reunião com a comunidade que seria despejada. Se sou Vereador para fazer propostas, também sou Vereador para assumir o que falo, porque eu não fujo das minhas palavras. Jamais! Eu posso errar e pedir desculpas à comunidade. Por quê? No dia da reunião da CUTHAB foi feita a proposta de 12 meses – estavam eu, o Ver. Pedro Ruas, e os Vereadores que fazem parte da Comissão. No decorrer da reunião, eu propus mais dois meses, somando 14 meses. Diante do problema que nos foi apresentado, de que não havia projeto, e que se fosse feito, levaria um ano e meio para ser aprovado, eu propus mais dois meses, em cima dos 12 meses que o Presidente Pedro Ruas estava apresentando.

Quero dizer a vocês que se há um projeto, eu sou o primeiro Vereador a cobrar que seja feita, imediatamente, a desocupação, porque a área é de vocês. Se eu errei, estou aqui pedindo desculpas a todos vocês, porque eu não tenho vergonha. Sou muito correto no que falo, e assumo o que falo, não tiro uma palavra do que falo. Acho que quando as pessoas adquirem aquele direito, o direito tem que ser mantido. Se vocês pegarem as notas taquigráficas, vocês vão ver que eu falo pouco; fiz duas intervenções e os outros Vereadores falaram mais.

Como citaram o Ver. Paulinho Rubem Berta, dizendo que tem o irmão lá, mas ele não tem nada a ver com o irmão. Eu tenho onze irmãos – os onze são Colorados –, e eu não tenho nada a ver com os meus irmãos. Se eles aprontarem qualquer coisa, o problema é deles, porque são maiores! Quero dizer para vocês, podem ter certeza, que serei o primeiro Vereador na CUTHAB ou no DEMHAB a propor, se houver o projeto, que seja imediatamente retirado o povo de lá, porque é direito adquirido de vocês e vocês têm que morar lá! E lá tem que ter creche, colégio – é direito de vocês. Então, digo para vocês, comunidade e Paulista: não tenho nenhum problema com vocês, e admiro muito o teu trabalho. E quando eu falo, posso estar errado, pode ser algo que me prejudique, mas se eu falei, admito e não tenho vergonha das minhas falhas; tenho vergonha é de não admitir o erro. Quero dizer que este Vereador está do lado de vocês, podem ter certeza absoluta, vamos à luta, e vamos buscar essa área de vocês.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Paulista, quero, em primeiro lugar, parabenizar você e todos os líderes, todo o pessoal das comunidades que estão aqui hoje, pela sua luta justa. O que eu posso, Paulista, oferecer para vocês é a minha sinceridade, sempre! Eu não tenho como prometer nada para vocês, porque Vereador não tem dinheiro para fazer obras; o Vereador pode, como muitos colegas falaram aqui da tribuna, se colocar à disposição para, juntos, reivindicar os seus direitos.

Para concluir, Paulista, eu quero, em nome da Bancada do PTB, composta pelos Vereadores Elói Guimarães, Brasinha, Nilo Santos e por este Vereador, dizer que colocamos a nossa Bancada à sua disposição e de toda a comunidade para lutar com vocês, mas sem promessas; jamais faremos promessas! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Ronie Gomes está com a palavra.

 

O SR. RONIE GOMES: Primeiramente, gostaria de agradecer aos Vereadores e pedir-lhes desculpas, porque eu não vim até esta Casa trazer contenda. Eu trouxe sete comunidades com problemas; dentre elas, duas estão com problemas muito sérios, que são o Loteamento do Bosque e o Recanto do Sabiá. Para quem achar – perdoem-me o modo de dizer – que sou algum partidarista ou que tenho alguma filiação partidária, deixo o número da minha identidade e do meu CPF. Não sou candidato a Vereador, não sou filiado a Partido nenhum. O meu Partido é o “Partido Comunidade – PC”! Vou lutar por todas as comunidades até o fim da minha vida. Com o meu caráter, jamais serei um Vereador, mas lutarei por todos os Vereadores que lutam pelas comunidades, independente de Partido. A ressalva que gostaria de deixar é a seguinte: quando eu vim aqui, pelo Loteamento do Bosque, foi para pedir que o prazo de 14 meses fosse reduzido, se não pudesse ser para seis, que fosse para dez meses, ou que houvesse alguma outra solução. Eu não vim aqui pedir para tirar alguém de lá a pontapé, porque o acordo já está selado, e temos que ser pessoas dignas e respeitar os acordos, mas podemos ajustá-los para que as famílias que têm crianças, não percam as vagas nas escolas. Desde 2008, sou Conselheiro e aprovei um Projeto, junto à SMED. Temos três processos na SMOV. Um projeto de escola para o Loteamento do Bosque, que está com a engenheira Patrícia, é só buscar lá. Não lembro se ela é da SMOV ou da SPM. Eu não lembro de qual Secretaria – é aquela situada na Av. Borges de Medeiros. Eu sei o nome da moça.

Desde 2008, está pronto o Projeto para construção da escola no Loteamento do Bosque, como também o Projeto para a Saúde, e também há o dinheiro. Então, peço aos Vereadores que se reduza, sim, esse prazo de 14 meses para 10 meses, porque temos o Projeto, sim. Eu não estou pedindo para ninguém xingar ou se digladiar com ninguém aqui. Eu estou trazendo problemas, e precisamos de uma solução urgente para o Recanto do Sabiá. O projeto deles vai vir para a Casa, acabei de saber que ainda não chegou, mas está para chegar por esses dias, e que seja aprovado ainda este ano, gente! Que aquela área que é de preservação ambiental, que não tem mais maricás, não tem mais nada, vire uma área residencial, e que nós juntos possamos ajudar aquelas 1.100 famílias.

Preciso, sim, do EVU da minha comunidade, para que as casas tenham as ruas largas, para que meu pessoal tenha as suas casas prontas e continue com a sua dignidade e acreditando nesta Casa. O Paulo, que está ali na cadeira de rodas, que representa Repouso do Guerreiro, não quer que aconteça o que aconteceu com ele agora – infelizmente, não tem como mudar aquele projeto –, que não aconteça com as outras casas que estão vindo aí. Que as pessoas não sofram tanto! É isso que eu vim fazer. Eu não vim dizer que o Vereador A é mais bonito ou é mais feio; eu vim trazer problemas e precisamos de soluções.

Eu agradeço a esta Casa; as Comissões estão aí para nos ajudar, mas precisamos de prazos, e não que eles sejam postergados.

Eu só eu tenho uma nota, sim, eu vou dizer e lamento muito, e quero dizer ao Sr. Paulinho Rubem Berta que, quando ele diz que o irmão dele precisa de casa, ele esqueceu de dizer que o irmão dele já teve casa no passado. Quando ele diz que o irmão dele precisa de casa, ele está incentivando qualquer cidadão a invadir qualquer área pública! Quando ele diz que o irmão dele precisa de casa, ele precisa olhar para as 1.100 famílias que não têm postos de saúde para serem atendidas, as duas mil crianças que não têm escola. Então, tu tens que me respeitar, antes de me mandar calar a boca, porque se tu já foste líder comunitário, tu tens que aprender a respeitar o líder comunitário, e não falar mal! E não fazer a tua assessora participar de uma reunião, como a Dona Sandra, que é a vice-presidente da Amazônia, ela estava nessa reunião dos maricás, lá no Loteamento do Bosque; e não trazer a cidadã aqui, lá do Costa e Silva, que trabalha como assessora na Força sindical do Seu Janta, a Laura! Isso tu tens que fazer, antes de tu me mandares calar a boca! É só isso que eu queria dizer: me respeita, porque eu te respeito como cidadão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Paulinho, como esse tema é um tema muito específico, dá polêmica entre os Vereadores, eu queria fechar o tema de cada uma das comunidades. Nós tivemos várias propostas: a CUTHAB se disponibilizou para recebê-los, e eu quero dizer para vocês que pode ter polêmica, mas a nossa Comissão de Habitação trabalha muito, há muitos conflitos na Cidade, e pode ajudar, sim, a pressionar para sair o EVU, para saírem regularizações, como a do Recanto do Sabiá, que conheço tão bem. Sobre o tema do Loteamento, nós já temos marcado um Câmara na Comunidade, mas também quero pedir à CECE – a Fernanda também já solicitou um encaminhamento da pauta lá – para discutir sobre os uniformes, Verª Fernanda, porque a SMED quer gastar R$ 7 milhões, comprando uniformes para crianças, que nós sabemos que em seis meses vão para o lixo, e R$ 7 milhões constroem a escola do Loteamento do Bosque tranquilamente. Portanto, se tem projeto, se tem terreno, não tem porque a SMED dizer que não tem dinheiro se quer gastar em uniformes, o que não é prioridade de gasto na Educação. Assim como a escola do Loteamento, tem a escola da Quinta do Portal, onde 600 crianças que pegam ônibus estão esperando...

Acho que nas prioridades da Educação esta Câmara tem que incidir. O Ver. Professor Garcia já pautou para dezembro o tema dos uniformes; é muito importante que volte para a CECE o tema das escolas que têm que ser construídas, e já vários presidentes pautaram na Comissão. Os diferentes espaços que a Câmara tem estão à disposição de cada um dos temas. Paulista, quero te parabenizar pela pauta que trazes.

Só para fecharmos os encaminhamentos, e aí resolvemos a polêmica da injúria e da honra, porque não vamos voltar ao tema da comunidade; vamos resolver entre nós, os Vereadores.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, desde já eu quero me colocar à disposição, pois quero estar junto neste dia do Câmara na Comunidade.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Dia 2 de dezembro, sexta-feira, às 9h30min, como todos os Câmara na Comunidade. Amanhã também tem.

O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra, nos termos do art. 94 do Regimento.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, comunidade presente; Ver. Pedro Ruas, se eu fui excessivo no meu discurso, quero aqui, de público, reconhecer e lhe pedir desculpas. Quero dizer que o conheço há 30 anos, e há 30 anos lutamos pela moradia, pelo bem-estar das pessoas, pela Cidade de Porto Alegre. Se fui excessivo, peço-lhe desculpas.

Quero também dizer que, primeiro, aqui foram trazidas diversas reivindicações das comunidades. É preciso redução, por exemplo, do prazo para as 104 famílias. Isso não pode mais ser feito, porque V. Exª , com os outros, com o nosso aval da CUTHAB, com o aval do Governo Municipal, com o aval do Secretário da Habitação, fechou um acordo judicial! Foi um acordo firmado entre todos, para que aquelas 104 famílias não fossem jogadas no ministério do ar, aquelas pessoas precisavam permanecer lá. Se buscarmos uma alternativa – que seja da cooperativa – que se apresse o mais rápido possível a cooperativa, porque, sim, eu concordo que se os meus filhos têm que ter escola, quem mora no Loteamento do Bosque tem que ter também; se na minha comunidade tem que ter posto de saúde, lá também tem que ter. E é por isso que nós trabalhamos aqui. Então, quero dizer isso publicamente, porque não tenho vergonha de dizer, porque sempre vim aqui, são quase três anos nesta Casa, respeitando todos, e vou continuar da mesma maneira.

Eu quero agradecer o Ver. Toni Proença, que foi o mais lúcido, no meu entendimento, aqui nesta tribuna, que propôs e encaminhou soluções para atender às reivindicações de todas as pessoas aqui. Este é o nosso trabalho.

Este Vereador sempre trabalhará pela moradia para quem não tem; sempre trabalhará pelo posto de saúde, pela creche, pelo colégio, por asfalto nas ruas, para que as pessoas tenham água para beber.

Sobre a questão do Recanto do Sabiá, eu estive na comunidade com o Prefeito, em que o Seu Paulista – aqui presente – estava junto, e o Prefeito, de viva voz, disse que enviaria o Projeto para cá em dez dias, O Projeto está na SMGAE, está sendo encaminhado e deverá chegar na Casa entre os dias 21 e 25. Essa é a resposta que eu tenho a respeito do Projeto da regularização do Recanto do Sabiá. Então, essa é a luta do Recanto do Sabiá, com mil e poucas famílias. Se nós não lutarmos, para onde irão? Será outra ocupação em outro lugar! E o Prefeito foi sensível a isso, foi lá na comunidade e disse: “O Projeto está indo, e os Vereadores me ajudarão a aprová-lo na Câmara”.

Então, já fica aqui a solicitação deste Vereador, que quando o Projeto chegar aqui, possamos, no conjunto, acelerar o processo, porque dará tranquilidade e também abrirá as possibilidades para que os investimentos sejam colocados nessa comunidade. Realmente, o Recanto do Sabiá necessita muito mais do que outras comunidades, porque eles estão à beira de um arroio. Verª Fernanda, nós estivemos juntos lá no Jardim dos Coqueiros, e é a mesma situação de lá, Vereadora, e nós precisamos resolver isso.

Então, se por um acaso eu me excedi com o senhor ou com os meus colegas, eu sou homem o suficiente para vir aqui e ter a coragem de dizer: desculpe-me. Eu acho que nós estamos lutando do mesmo lado, só não podemos é ser manobrados! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu quero agradecer à Mesa e dizer ao Ver. Paulinho Rubem Berta que aceito o pedido de desculpas. Da mesma forma, se me excedi na terminologia utilizada em relação ao Vereador, eu também peço desculpas. E mais, com relação à proposta do Ver. Toni Proença, ela realmente tem viabilidade. Não é possível que, estando há oito anos aquela comunidade, aguardando o posto de saúde e a escola, nós tenhamos que aguardar mais oito anos! Ora, se há um período de um ano e dois meses, quando se precisa do projeto e licitação prontos, parece-me que nós devemos aproveitar esse período exatamente para garantir, porque a comunidade não quer – tenho certeza absoluta – que as outras pessoas simplesmente saiam dali e fique um vazio. Ora, elas querem o posto de saúde e a escola! Então, o que nós precisamos – e esse compromisso eu assumo – é que nesse período, meu caro Paulista e comunidade, nós tenhamos os projetos e os processos licitatórios prontos, concluídos, para que, assim que termine o período, obviamente, se iniciem as obras. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Vereador. Está encerrada a Tribuna Popular. É muito importante que os Vereadores tenham encontrado consenso e que a comunidade se mantenha mobilizada, fazendo periodicamente reuniões ou na CUTHAB, ou visita aos Vereadores para acompanhar esse assunto.

Parabéns pela mobilização! O nosso próximo encontro será ou na Comissão de Educação, ou, no dia 2, na comunidade de vocês. Parabéns pela mobilização; obrigado aos Vereadores pela participação ativa; e, parabéns, Paulista; obrigada pela tua presença.

Passamos ao período temático de

 

COMUNICAÇÕES

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Nobre Presidente, sabemos que, quase todas quintas-feiras, acaba-se atrasando a sequência dos trabalhos. Para não prejudicar quem está inscrito em Grande Expediente, solicito que este seja adiado para segunda-feira.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento do Ver. Aldacir Oliboni, solicitando o adiamento do período de Grande Expediente para a próxima segunda-feira (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: O Grande Expediente será segunda-feira, logo que começa a Sessão, ou mais tarde?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Na segunda-feira, o Grande Expediente é após a Tribuna Popular.

O Período Temático de Comunicações de hoje será sobre o Dia do Conselho Tutelar. Convido o Sr. Rodrigo Farias dos Reis, Coordenador-Geral dos Conselheiros Tutelares de Porto Alegre, para se manifestar da tribuna. Ele falará por cinco minutos e apresentará um vídeo sobre a história dos Conselhos Tutelares.

 

O SR. RODRIGO FARIAS DOS REIS: Muito boa tarde, Srª Presidente; é com muita honra que venho a esta Casa representar os 50 Conselheiros Tutelares da cidade de Porto Alegre, agradecendo especialmente à Verª Maria Celeste, que foi grande parceira na alteração da nossa lei; uma homenagem especial ao meu grande irmão e amigo, Ver. Mauro Zacher.

O Conselho Tutelar foi criado por força da Lei nº 8.069, em 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente –, e, no seu art. 131, traz que o Conselho Tutelar é órgão permanente, autônomo, não jurisdicional encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente definidos nessa Lei, muitas vezes não conhecida e não respeitada pela sociedade e Poder Público. Para o funcionamento do Conselho Tutelar, a Lei criou um novo agente: o Conselheiro Tutelar, especialmente encarregado de fazer valer e cumprir a lei. Porto Alegre foi a primeira Capital do Brasil a implantar essa estrutura de atendimento, através da Lei Municipal nº 6.787, que foi sancionada em 11 de janeiro de 1991. O órgão entrou em funcionamento a partir de agosto de 1992, distribuído em oito microrregiões na Cidade, sendo que hoje somos dez regiões.

Por se tratar de uma experiência inovadora no País e no mundo e pelo pioneirismo da implantação, Porto Alegre foi construindo o cotidiano do atendimento do Conselho Tutelar à medida que as demandas chegavam. Assim foi na sua organização interna, na elaboração do seu regimento, na organização dos fluxos, nos expedientes de atendimento, na relação com a comunidade e com as entidades, na elaboração de formulários de atendimento e formas de registro das informações. Por ser o Conselho Tutelar um órgão com atuação de abrangência municipal e para o qual o Município deve prever em lei os recursos necessários para o pleno funcionamento, podemos afirmar que, em Porto Alegre, houve, desde o início dessa construção, muito empenho para a qualificação do Conselho Tutelar. Desde então, Porto Alegre vem-se afirmando enquanto referência entre os Conselhos Tutelares do País. Cabe destacar ainda que os avanços estão chegando. Temos várias inovações, implantações de um sistema operacional interligado em nível nacional; temos várias estruturas chegando para o nosso Conselho Tutelar.

A função de Conselheiro Tutelar é considerada serviço público relevante, mas afirmo aqui que, para além do que determina a lei sobre a função, somos imbuídos por uma militância, defendemos uma causa e somos motivados pela paixão. Temos a responsabilidade de atender crianças e adolescentes ameaçados ou violados em seus direitos, em situação de risco, aplicando medidas de proteção, podendo requisitar serviços públicos na área da Saúde, Educação, Serviço Social, Previdência, Trabalho e Segurança, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Manifestamos que nosso caminho é árduo, mas não desistiremos jamais. A garantia dos direitos à criança e ao adolescente é a nossa maior luta, e dela sairemos vivos. Tenho certeza de que todos os meus colegas aqui presentes vestem a camiseta, todos trabalham arduamente.

Não posso esquecer de salientar aqui os ex-conselheiros, e faço questão de homenageá-los: o Aírton, o Acir, na pessoa da minha colega Leoni, grande amiga, grande companheira. E quero salientar todos os coordenadores de microrregiões que estão aqui: na Micro 2, a Mara Zanatta; na Micro 3, o Zé Mário; na Micro 4, a minha colega e amiga Cátia; na Micro 5, a Andréia; na Micro 6, a Sandra Ramos; na Micro 7, o Dudu, Vice-Coordenador dos Conselhos Tutelares de Porto Alegre, grande parceiro nesta minha caminhada; na Micro 8, a Iraildes; na Micro 9, o Tadeu; e, na Micro 10, a minha colega e amiga Salete Alminhana.

Vereadores, isto é uma honra muito grande! Nós vamos passar um vídeo de 15 minutos que se chama A Casa que Não Dorme e que fala da implantação do Conselho Tutelar na cidade de Porto Alegre.

 

(Procede-se à apresentação em datashow.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Maria Celeste está com a palavra no período temático de Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Pedro Ruas.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; Rodrigo, Coordenador do Conselho Tutelar; conselheiros, conselheiras; nossa querida Simone Bampi, representando a equipe técnica dos conselheiros tutelares, que está neste plenário conosco, quero dizer da alegria e da satisfação de, no Dia do Conselheiro Tutelar, receber aqui a coordenação – e as demais micros representadas – dos 50 conselheiros da cidade de Porto Alegre. Essa Lei foi implantada em nosso Estado pelo Deputado Adroaldo Loureiro, se não me falha a memória, e aqui subscrita por mim e colocada, disponibilizada, no Município para que possamos neste dia não apenas homenagear os conselheiros e conselheiras da nossa Cidade, não apenas prestar homenagem às nossas crianças e adolescentes, mas também que este dia sirva de reflexão sobre o trabalho dos conselheiros tutelares no Estado do Rio Grande do Sul e no município de Porto Alegre. A dificuldade que se tem enfrentado, Ver. Mauro Zacher – o senhor que tem acompanhado, nesse último período, diuturnamente essas questões – e Ver. Mario Fraga – que também acompanha, diariamente, o trabalho dos Conselhos Tutelares –, tem a ver com a falta de estrutura, com as condições dos conselheiros e dos Conselhos; tem a ver com a disponibilização e a oferta das demandas do atendimento, que não há na cidade de Porto Alegre, ou que, porventura, são deficitárias, e com a má qualidade prestada do serviço e do atendimento. Tudo isso tem que ser refletido, tem que ser colocado, tem que ser disponibilizado para a população de Porto Alegre no dia de hoje, num dia de homenagem, num dia de reflexão.

Falo da estrutura, falo daquilo que é, efetivamente, a função prioritária do conselheiro tutelar, que é zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes nas nossas cidades, e que, por muitas vezes, por falta de estrutura, falta de condições, efetivamente não é realizado na prática. Aquilo que está escrito no Estatuto da Criança e do Adolescente, há 21 anos, ainda não foi colocado em prática na nossa Cidade, no nosso Estado. Ainda falta muito para que as nossas crianças e as nossas famílias tenham condições de ser acolhidas, e preservadas na sua dignidade maior dos direitos e das garantias. Falo isso porque, quando nós pensamos em prioridade absoluta, pensamos que, lá na fila do SUS, aquela criança que chega com uma emergência tem que ser imediatamente atendida; pensamos em prioridade absoluta quando buscamos no atendimento uma vaga para um acolhimento e não a conseguimos para, efetivamente, proteger essa criança, quando na atividade de conselheiro tutelar; pensamos na primazia absoluta quando a política pública, que deveria ser prioritária para a infância, no nosso Município, não se traduz na dura realidade que hoje enfrentamos, especialmente no combate à drogadição, especialmente no combate ao crack na nossa Cidade.

Quantos dos senhores e das senhoras procuram, no dia a dia, vaga para internação para adolescentes drogaditos que buscam sua libertação, especialmente do crack, na nossa Cidade e não encontram um local adequado? Às vezes até encontram em comunidades terapêuticas de outras cidades – não aqui na nossa Cidade –, num atendimento completamente inadequado, longe da sua comunidade, longe da sua família, longe de Porto Alegre. Falo dessa questão do atendimento, porque é prioritário que haja um incentivo maior nas políticas públicas na área da infância.

Percebo que, ao longo dos anos, já acumulamos grandes vitórias. Lembro que a primeira gestão do Conselho Tutelar chegou desconhecendo o Estatuto, desconhecendo a sua principal atribuição, e isso foi sendo construído gradativamente pela capacidade, pela formação, pelo assessoramento da equipe técnica da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, pela escolha com maior qualidade e maior critério, a partir do processo eleitoral, através das leis pelas quais nós mesmos somos os responsáveis pela criação e elaboração. Percebo, também, a melhoria na qualidade do atendimento, ao longo desses anos, quando foram criadas mais duas micros na cidade de Porto Alegre, mas ainda há muito a construir e buscar no tema da política pública e da efetivação da garantia dos direitos para as crianças e adolescentes.

Então, que este dia, que o Dia do Conselheiro Tutelar seja, de fato, não o dia pessoal de cada um, não o dia da sua manifestação e da sua homenagem individual, mas, sobretudo, o dia de reflexão e de que todos nós – Executivo, Câmara Municipal, Conselheiros Tutelares – possamos lutar efetivamente pela garantia dos direitos das nossas crianças no Município de Porto Alegre.

Parabéns aos Conselheiros, parabéns pela iniciativa da Coordenação; contem com a Câmara Municipal, estaremos sempre presentes. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mario Fraga está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. MARIO FRAGA: Ver. DJ Cassiá, Vice-Presidente desta Casa, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias, conselheiros tutelares presentes, público que nos assiste pela TVCâmara, meu amigo Rodrigo – Rodrigo Mumu, para nós aqui –, agora Presidente e Coordenador-Geral dos Conselheiros; quero fazer um agradecimento à Verª Maria Celeste pela referência ao meu nome – eu e a Vereadora fizemos parte da mesma Comissão, a CEDECONDH, e, volta e meia, trabalhamos com os conselheiros tutelares –, e também quero prestar esta homenagem aos conselheiros tutelares, na pessoa do Rodrigo, que foi eleito agora Coordenador-Regional, bem como a todos os conselheiros.

Eu peço desculpas aos demais conselheiros, pois eu quero fazer uma homenagem à Microrregião 6 – como disse a Verª Maria Celeste, eu e o Ver. Mauro Zacher temos esse contato direto com os conselheiros, em especial com os da Microrregião 6, onde está o meu irmão, que foi reeleito agora para o segundo mandato –, mais precisamente aos que lá estavam e lá ficaram, à Leonor, ao Pedro, à Sandra, ao Elton, e à Cleusa Biazetto, que entrou agora. Eu peço licença a esses conselheiros, pois eu quero prestar uma homenagem a uma conselheira que não se elegeu, a Alessandra Malinski, e que está sofrendo muito na nossa Região. Rodrigo, Pedro, que está fazendo um excelente trabalho junto àquele grupo da Microrregião 6, a quem eu parabenizo, vocês bem sabem o quanto a Alessandra correu, assim como vocês correram também, para, depois acontecer essa tragédia na vida dela. Então, neste dia em que comemoramos o Dia do Conselheiro, eu homenageio a Alessandra Malinslki, pela belíssima campanha que fez e pelos 1.700 votos que alcançou; ela não conseguiu se eleger, mas eu rendo esta homenagem, em especial, à Alessandra Malinski.

Também quero dizer, ratificando o que a Verª Maria Celeste falou, que todos nós conhecemos as dificuldades do conselheiro tutelar.

E falando também nas Microrregiões 6 e 7, quando eu vejo o Dudu Vilar, que trabalha lá na Microrregião 7, na Restinga, lembro quando um projeto veio para cá – e graças à Verª Maria Celeste ele não avançou –, com o objetivo de trocar a Microrregião 6 e esticar a Microrregião 7 – esse depoimento que estou fazendo hoje aqui já foi registrado em outra oportunidade em que os conselheiros não estavam presentes –, ou seja, é uma coisa impossível! Ver. DJ Cassiá, V. Exª que conhece tão bem a nossa Região, imagine, o nosso Governo, o meu Governo – o problema é que os técnicos do Governo que não conhecem a Região – queria esticar a Restinga para Belém Novo, para toda a Zona Sul, para o Extremo-Sul. Como pode? Se não fosse o trabalho, o amor, a dedicação dos conselheiros da Microrregião 7, na Restinga, já seria difícil, então imaginem esticar o pessoal da Restinga, Dudu, para cuidar da nossa Região lá em Belém. Então, eu espero estar aqui brigando para que isso não aconteça, mas, sim, para que a Microrregião 6 seja deslocada e para que a Microrregião 7 seja aumentada naquele trecho, naquela extensão. Essa é uma reflexão para todos nós fazermos, em especial os Vereadores aqui presentes, bem como os Vereadores que lidam com o Conselho Tutelar, para que nos ajudem, especialmente a Região do Extremo-Sul, no sentido de que não mudem aquelas duas Microrregiões, a 6 e a 7, e sim criem mais uma microrregião, no mínimo. Eu falo da Zona Sul e do Extremo-Sul, porque é a Região que eu conheço, mas, no mínimo, lá naquele lado, nós teríamos que ter mais uma microrregião. Com certeza, na Cidade, talvez a gente precise de mais duas. E talvez seja uma das metas agora do Coordenador, Rodrigo, que o Governo consiga... Talvez não dê para o próximo ano, que é um ano eleitoral, mas eu vou falar com o Prefeito Fortunati, e acho que há muitas Lideranças que também poderiam falar, para que, no próximo Governo, seja do Fortunati, se Deus quiser, ou de outro Governo, que a gente possa criar, no mínimo, na cidade de Porto Alegre, mais duas microrregiões.

Nem vou falar do trabalho dos conselheiros, porque todos sabem que eu conheço esse trabalho muito bem. Eu só posso dar os parabéns e dizer que o trabalho que vocês fazem é gratificante. E eu tenho falado, Rodrigo e Cassiá, que não tem coisa pior do que esse trabalho que vocês fazem, por um lado, mas, por outro, eu tenho sentido em casa e tenho visto, quando o Elton relata e resolve alguns casos, o quanto isso é gratificante para vocês. Então, vida longa para os conselheiros, e meus parabéns por esta data de hoje! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde Sr. Presidente, DJ Cassiá; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias e também pela TVCâmara, quero parabenizar o Rodrigo, em particular, pelo belíssimo trabalho que ele tem feito, e também os conselheiros tutelares. Um abraço no coração de cada um de vocês.

Rodrigo, há quase duas décadas, eu trabalho com a periferia, com as crianças carentes, e, vira e mexe, preciso muito de vocês; pelo menos uma vez por mês eu recorro ao trabalho de vocês e posso dizer que somos bem atendidos. Nós sabemos do trabalho de vocês, não preciso ser repetitivo aqui.

E quero aproveitar para parabenizar também o Deputado Adroaldo, por sua emenda, em âmbito estadual, bem como a Verª Maria Celeste, por sua emenda, em âmbito municipal, pois ambas são muito boas. Meus parabéns!

Penso que o Conselheiro Tutelar deveria ter mais apoio para que pudesse melhor atender essa população enorme de Porto Alegre.

Tenho certeza de que a sociedade gostaria de estar abraçando vocês, porque o trabalho que vocês fazem, qual seja, de resgatar essas crianças, de formar o cidadão, é muito importante para todos nós. Este não é um momento político, de bandeira de A, B ou C. Não existe bandeira! Na verdade, penso que a bandeira do Conselho Tutelar deveria ter uma criança, porque, além de lutar contra as injustiças sociais, é pela criança que o Conselho luta; crianças essas que, às vezes, são abandonadas nas suas vilas. Vemos mães, às vezes, com cinco filhos, aí abandona as crianças e vêm as críticas enormes, senhores. Mas será que nós estamos assistindo bem a essas famílias? E quem faz isso? É o Conselho Tutelar. Agora há pouco, eu vi uma Conselheira Tutelar que disparou para a Vila para ver o que realmente estava acontecendo numa casa. Quem faz isso são vocês. São vocês que têm que merecer esse aplauso de toda a sociedade, não só nós, políticos. Nós, políticos, sabemos quem é o Conselho Tutelar. Nós temos que falar aqui para a sociedade que o Conselho Tutelar é mais importante dentro da nossa Cidade, da Cidade em que a gente vive. Daqui há 10 ou 15 anos, nós que somos cidadãos equilibrados, formados dentro da nossa sociedade, nós temos que dar mais apoio ao Conselho Tutelar para que ele possa agir mais. Eu sei do trabalho de vocês, da luta, dessa correria toda. Eu penso, acho e tenho certeza de que os nossos governantes têm que dar mais apoio a vocês.

Quero dizer que sempre precisei de vocês, há quase duas décadas, e sempre fui bem recebido, não só por vocês.

Agora, uma casa que pegou fogo ali na Cefer, com cinco crianças; a casa foi demolida totalmente, tudo foi embora. Convidei as duas Assistentes Sociais, e elas foram lá e já estão ajudando, porque há cinco crianças que ficariam sem colégio, e isto é um crime. Então, são vocês, nesta hora, que fazem esta grande sociedade da nossa Cidade e no nosso País. Então, Rodrigo, meus parabéns, parabéns a vocês todos, Conselheiros Tutelares. Contem com a gente sempre, independente de bandeira.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Nilo Santos está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, uma saudação especial ao Rodrigo e também aos Conselheiros Tutelares que participam desta Sessão. Eu não pretendo usar os cinco minutos. Vim aqui apenas para parabenizá-los pelo trabalho, dizer que têm o apoio e o respaldo desta Casa, sim, e da nossa Bancada de Vereadores aqui na Casa, e dizer que temos a compreensão da atividade que os senhores realizam na Cidade; a importância, o papel fundamental do Conselheiro Tutelar para que possamos, sim, oferecer uma melhor qualidade de vida às nossas crianças e aos adolescentes. Eu confesso que fiquei comovido com o filme que foi passado ali, ele mostra a realidade. O Conselheiro Tutelar é visto por essas crianças como anjos, Ver. Elói Guimarães, que levam até eles a esperança de dias e anos melhores. O Conselheiro Tutelar consegue promover, na criança e no adolescente, a perspectiva de uma vida melhor. Tudo aquilo que eles perdem no seio de uma família desestruturada, eles conseguem encontrar então na figura do Conselheiro Tutelar, Elton. Eles conseguem encontrar em vocês a perspectiva de uma vida melhor. Então, fica aqui, sim, o compromisso do empenho da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, no sentido de nos engajarmos ao trabalho que os senhores realizam. Parabéns pelo trabalho. Contem conosco, e que essas crianças tenham dias melhores na nossa Capital!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sr. Rodrigo Farias dos Reis, Coordenador-Geral dos Conselheiros Tutelares de Porto Alegre, Srs. Conselheiros, Sras Conselheiras, as maiores vítimas se encontram no período etário em que estão as crianças e adolescentes. Todo um processo de desajuste social, o qual evidentemente o tempo não permite analisar, tem jogado, exatamente sobre a criança e o adolescente, todo um conjunto de consequências, as mais dramáticas. O Conselheiro e a Conselheira Tutelar têm legitimidade eleitoral. Isso é extremamente importante na medida em que confere, pela vontade popular, a responsabilidade de tratar essa verdadeira condição em que vivem as crianças e os adolescentes, que, pelo desajuste da família, ou social, não lhes resta outra alternativa, senão ganhar uma vida absolutamente de indignidade decorrente dos fatores sociais e econômicos.

Então, vejam a responsabilidade, caro Coordenador, senhoras e senhores conselheiros, que pesa sobre os ombros de V. Sas; que magna e importante missão de tentar dar a sua contribuição, pelo ofício que exercem, a esse drama que vivemos todos, em que se encontram os maiores índices de desajustes, exatamente na criança e no adolescente.

Portanto, fica aqui a nossa homenagem. Evidentemente, há uma série de alterações que se fazem necessárias, como arregimentar o conselheiro e os Conselhos, a falta de recursos, e os meios materiais são fundamentais para o exercício da magna atividade.

Então, fica aqui a nossa homenagem, a nossa saudação para que cada vez mais, pelo esforço conjunto da sociedade, se coloquem recursos, mecanismos e instrumentos na mão dessa instituição – e dos conselheiros –, para que ela possa atingir as suas finalidades, que são fundamentais, mormente quando se trata da criança e do adolescente, que estão exatamente naquele período de formação da cidadã e do cidadão. Portanto, recebam, senhores Conselheiros e Conselheiras, Coordenador, a nossa homenagem e nosso respeito pela atividade que exercem. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. DJ Cassiá; saúdo aqui nosso Conselheiro Tutelar, o Coordenador Rodrigo; saúdo também todos os Conselheiros e todos aqueles que têm, de uma forma ou outra, uma ligação com esse serviço tão importante para a nossa cidade de Porto Alegre. Saúdo os Vereadores, as Vereadoras, o público que está nos assistindo neste momento. Olha, Rodrigo, eu queria compartilhar esse dia tão importante, o dia 18 de novembro, dia do Conselho Tutelar, um dia em que lembramos um pouco o que Porto Alegre fez lá em 1992, na gestão do Prefeito Olívio Dutra, implementando os Conselhos Tutelares, uma ousadia, uma coisa nova, uma coisa promissora e necessária para a época e até então. Hoje, já há em 10 Regiões da Cidade, e poderia se estender até mais, para poder facilitar a demanda existente.

Quero dar alguns testemunhos de trabalho da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, em que o Rodrigo e outros Conselheiros, inclusive estiveram presentes, Ver. Zacher... Veja só, em Porto Alegre temos uma missão muito importante e muito difícil dos Conselheiros Tutelares, porque na medida em que ele se elege Conselheiro Tutelar, ele passa a ser o elo de ligação para aquelas famílias que possuem crianças com uma certa vulnerabilidade social, e que, às vezes, não conseguem uma creche, não conseguem uma vaga hospitalar – para algum caso em função da drogadição, não conseguem uma baixa hospitalar –, não conseguem um tratamento decente. Às vezes, apelam para o Poder Público, que é muito moroso, e essa criança está no mundo das drogas. O Conselho Tutelar tem não só essa missão, Ver. Nilo, mas o papel fundamental de exigir do Poder Público um acompanhamento para essa criança que está numa situação difícil. Eu tenho recomendado muito às famílias a falarem com os Conselhos Tutelares para poderem conseguir algo que é da necessidade e do dever do Poder Público. Mas eu posso dizer que, infelizmente, na área da drogadição, se nós avaliarmos o que o Poder Público oferece, está muito distante da necessidade. Uma vez eu ouvi o Rodrigo dizer, desta tribuna, que existiam mais de 300 crianças esperando a possibilidade de conseguir um tratamento. Na época, nós visitamos, se não me engano, as fazendas terapêuticas, e percebemos que, naquelas entidades, o Poder Público poderia utilizar 10 vagas em cada uma. Ele não utilizava as 10 vagas e, às vezes, quando utilizava duas, três ou cinco – se não me engano, no Marta e Maria eram cinco –, não pagava, ou tinha dificuldade de acertar! Então, sinceramente, nós precisamos avançar – avançou-se muito, acredito, e sou testemunha disso – muito, porque a demanda das grandes metrópoles, como é o caso de Porto Alegre, é muito grande. Os Conselheiros Tutelares acabam recebendo essa carga difícil, e, às vezes, o Poder Público é lento, é moroso. É preciso trabalhar muito mais nisso.

A gente tem que parabenizar e reconhecer esse trabalho, porque ele não é partidário, é um trabalho com que a pessoa, como ser humano, tem uma ligação. É um trabalho de dedicação, de um enorme compromisso social, porque o Conselheiro Tutelar acaba vivendo aquele dia, aquela hora, aquele momento; nos finais de semana, às vezes, as famílias ligam para o Conselho Tutelar. As pessoas acabam apelando, pois elas têm o número do celular do Conselheiro Tutelar. A vida de um Conselheiro Tutelar é semelhante à de um médico, e eu não estou exagerando! Porque ele tem que estar presente e acompanhando aquela criança, aquele adolescente que, por sua vez, é encaminhado e está aguardando a mão estendida do Poder Público.

Então, eu queria socializar este dia tão importante e dizer que, se vocês, Conselheiros Tutelares, acharem importante fazer um seminário com a Ministra dos Direitos Humanos, a Maria do Rosário, que tem um olhar diferente sobre essa área – ela disse que iria desenvolver, há pouco tempo falei com ela, um programa em nível nacional, de estruturação, de preparação, de busca de estrutura para tal em todo o Estado, e eu acho que é importante nós discutirmos que formato teria esse programa –, eu me coloco à disposição. (Pausa.) O Rodrigo acaba de sinalizar. Depois eu gostaria de que tu falasses sobre isso; eu quero estar presente e poder contribuir com esse assunto. Um grande abraço, e parabéns pelo dia!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Os Vereadores que me antecederam deixaram pouco para eu contribuir com o belo debate, justamente porque temos aqui Vereadores extremamente comprometidos com a causa. Acho que o dia de hoje é fundamental para que a gente possa fazer o debate, relembrar e divulgar aquilo que há de mais precioso na Constituição brasileira, que é o art. 227, que nos coloca, Rodrigo, como um dos países mais avançados em relação à legislação, pois, através da Constituição e do ECA, garantimos que, em relação ao direito e ao dever do Estado, estejam em primeiríssimo lugar as nossas crianças, os nossos adolescentes e a nossa juventude. Que o dia de hoje sirva para que possamos debater, relembrar e afirmar esses avanços que o nosso País fez com o esforço de várias mãos. Que nós não lembremos os discursos do passado ou o Código de Menores, quando simplesmente um delegado ou um juiz poderia fazer com que um adolescente que estava na rua parasse dentro da FEBEM, Rodrigo. Sabemos que o nosso País tem que avançar muito, isso é evidente para nós. Que o avanço nas políticas públicas seja uma garantia para o que nós estamos afirmando hoje, e que o nosso esforço coletivo e principalmente o dos Governantes – os Prefeitos, os Secretários – seja para a construção de um País melhor, com políticas públicas que possam garantir que a violência fique longe das crianças, que elas estejam nas escolas e sejam detentoras de direitos, de carinho, enfim, de um lar.

Eu queria, ao mesmo tempo, registrar que essa caminhada é de todos nós, começa pelo mundo que queremos deixar para as nossas crianças. Quero dizer a vocês - que já são sabedores disso, a maioria que está presente aqui hoje - do meu profundo respeito e admiração pela atividade dos Conselheiros Tutelares. Muitos de vocês abdicam, diversas vezes, de estar nos seus lares e se entregam profundamente – o Ver. Mario Fraga disse que tinha um exemplo em casa, o Elton – à causa dos Conselhos Tutelares. Que possamos registrar, no dia de hoje, a importância de vocês, que possamos garantir-lhes, Rodrigo, uma estrutura de trabalho para que vocês sejam capazes de exercer a sua atividade na plenitude, que possam fazer com que a falta de estrutura não permita que crianças e adolescentes permaneçam em situação de risco.

Quero, mais uma vez, afirmar aqui o meu carinho, o meu compromisso com o Conselho Tutelar. Não é um compromisso de campanha, mas é um compromisso permanente que temos na Casa, contribuindo com as legislações vigentes para que possamos avançar, para que possamos afirmar a nossa posição em defesa do ECA, em defesa da nossa Constituição, em defesa das nossas crianças, mas, acima de tudo, garantindo a vocês uma bela estrutura de trabalho. Eu quero que esta Câmara seja sempre uma porta-voz dos Conselheiros Tutelares.

Desejo a todos vocês, Conselheiros, um bom trabalho, comemorem o dia de hoje! Mas, acima de tudo, que nós possamos, a cada ano, avançar em políticas públicas. Parabéns! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni Proença está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores; nosso Conselheiro-Coordenador, Rodrigo Mumu; eu acho que é assim que tu tens que ser chamado, é assim que tu és conhecido; de uma forma muito carinhosa, quero cumprimentar os Conselheiros e Conselheiras que estão no plenário e que comemoram hoje o Dia do Conselheiro Tutelar. Aliás, um dia e uma homenagem muito apropriados. Eu quero fazer esta homenagem hoje, lembrando não uma Conselheira, mas uma suplente, a Élida, da Região Humaitá/Navegantes, que nos deixou esta semana. Quero fazer uma saudação especial à Drª Carmen Lopes, da Região do Eixo-Baltazar, com quem eu tive grandes debates enquanto estive na Prefeitura, e que me ensinou muito sobre o Conselho e sobre os direitos das crianças e dos adolescentes.

Todos os Vereadores que me antecederam foram muito felizes nas suas manifestações e já disseram tudo o que havia para ser dito. Eu quero só lembrar de duas pequenas circunstâncias em que o Conselheiro Tutelar encontra no trabalho, todos os dias, a sua maior dificuldade. A urgência da infância, que exige políticas públicas adequadas, atualizadas e que, às vezes, são inexistentes, e termina o Conselho Tutelar sendo o receptor de resultados sobre os quais ele não tem ingerência na causa. Então, devíamos nós todos, Vereadores, Poder Público Municipal, Deputados Estaduais e Federais, nos basearmos em relatos e nos relatórios dos Conselheiros Tutelares para propor políticas públicas que pudessem atualizar e minimizar as causas das quais os efeitos estão com os senhores e as senhoras, que os recebem no trabalho e no dia a dia. Esta é uma situação.

A segunda: eu acho que Porto Alegre – e eu luto muito por isso, desde sempre – merecia não ter 10 Conselhos, mas 17. Deveria aproveitar o georreferenciamento e a divisão política do Orçamento Participativo e terminar por territorializar toda a Cidade, toda a administração pública e toda a intervenção pública no mesmo território do Orçamento Participativo. Digo isso com tranquilidade. Eu estava na Prefeitura quando aumentamos os Conselhos de 8 para 10; foi uma luta histórica dos Conselheiros – e eu não tenho nenhum mérito nisso; o único mérito que tive foi o de ouvir essa reivindicação e entendê-la como correta, adequada e justa. Eu acho que dá para avançar, não de plano, para 17 Conselhos, mas passar para 12, 13 até chegarmos aos 17 Conselhos. Nós, Ver. Tarciso, temos, em Porto Alegre, várias divisões territoriais; cada Secretaria tem a sua, diferente, e, às vezes, não coincidente, Ver. Oliboni – que milita na Saúde. A Saúde tem as Coordenadorias da Saúde, as Gerências Distritais; a SMOV tem as suas Capatazias; o DMLU também, e por aí vai. Acho que está na hora de unificarmos isso. O Prefeito Fortunati já demonstrou esse interesse, e eu acho que, ao unificarmos isso, poderemos também transformar os Conselhos Tutelares em 17 Regiões em Porto Alegre, minimizando os efeitos que são cansativos para todos os Conselhos, porque eles terminam tendo a atribuição de atender a uma comunidade muito grande, a várias comunidades em uma região imensa.

Portanto, quero saudar, cumprimentar e desejar um bom trabalho para todos vocês, pois hoje é dia de comemorar e, amanhã, em seguida, já é dia de trabalhar. Parabéns a todos os Conselheiros. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Não havendo mais nenhuma inscrição, passo a palavra ao nosso Conselheiro, nosso Coordenador-Geral, Rodrigo Farias dos Reis, para as suas considerações finais.

 

O SR. RODRIGO FARIAS DOS REIS: Para encerrar, eu queria fazer uma cobrança – e eu faço uma cobrança forte a esta Casa: na nossa última prestação de contas, Ver. Toni, tivemos a presença de apenas três Vereadores da Casa; tivemos a presença de apenas dois Secretários Municipais. Como bem disse o ex-Secretário Toni Proença, a nossa prestação de contas mostra a realidade da violação dos direitos das crianças e dos adolescentes do Município de Porto Alegre. É um instrumento público de alta importância para tratar desse assunto e criar políticas públicas para garantir o direito das crianças e dos adolescentes.

Venho aqui também fazer uma lembrança e um agradecimento aos colegas. Todos nós, os 50 Conselheiros Tutelares, trabalhamos, sim, muito bem para a garantia do direito das crianças e dos adolescentes. Quem se preocupa com o Conselheiro Tutelar? Hoje a instituição Conselho Tutelar está muito bem servida, melhoraram muito as políticas públicas de atendimento na área da criança, só estão esquecendo da figura do Conselheiro Tutelar. Precisamos de mais reconhecimento do Poder Público nas questões que envolvem o salário e as condições de trabalho do Conselheiro Tutelar. (Palmas.) Precisamos desse reconhecimento; o atendimento à criança e ao adolescente nós estamos fazendo muito bem, e estão todos os 50 Conselheiros de Porto Alegre de parabéns.

Eu queria agradecer em especial aos Vers. Mauro Zacher, Mario Fraga, Maria Celeste, ao amigo Toni Proença, Nilo Santos, DJ Cassiá e Professor Garcia, que foi o relator da Lei que alterou as eleições do Conselho Tutelar. Peço uma atenção especial: a nossa próxima eleição será em 2014, peço que a Câmara não lembre do Conselho Tutelar às vésperas da eleição, mas que lembre desde agora. Muito obrigado a todos os Conselheiros. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Cumprindo o tema específico sobre os Conselhos Tutelares, eu quero aqui, em nome da nossa Casa, a Câmara de Vereadores, em nome da sociedade de Porto Alegre, dar os parabéns, Rodrigo, a todos vocês, Conselheiros e Conselheiras que desempenham um papel de extrema importância para a nossa sociedade. Nós, aqui, somos parceiros de vocês. Nós, aqui, não importa a hora e o dia, temos que estar à disposição de vocês, até mesmo porque vocês nos representam lá fora. Hoje, talvez, um amigo meu precise de um Conselheiro; talvez, amanhã, eu possa precisar de um Conselheiro. Então, vocês, que cuidam das nossas crianças, nós temos que auxiliar, ajudar a cuidá-las para que, da melhor forma, vocês possam desempenhar esse trabalho maravilhoso. Saúde, que Deus abençoe vocês. Um abraço, e muito obrigado por tudo o que fazem por nossa sociedade!

Suspendemos a Sessão, por um minuto, para as despedidas.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h17min.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cássia – às 17h18min): Estão reabertos os trabalhos.

Devido ao acordo das Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o Grande Expediente passou para a semana que vem. De imediato, passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3203/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 026/11, de autoria do Ver. Mario Fraga, que altera o inc. IV do caput do art. 25 da Lei Complementar nº 12, de 7 de janeiro de 1975 – que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, dispondo sobre infração em transporte coletivo de passageiros, e institui campanha permanente de conscientização da população sobre a necessidade de uso de fones de ouvido em caso de utilização de aparelhos sonoros no interior de veículos desse tipo de transporte.

 

PROC. Nº 3287/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 161/11, de autoria do Ver. Mario Fraga, que isenta os veículos registrados como ambulâncias no órgão estadual competente e emplacados no Município de Porto Alegre do pagamento de multas decorrentes de excesso de velocidade apurado por radar móvel ou controlador eletrônico.

 

PROC. Nº 3295/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/11, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que inclui incs. VII e VIII no art. 83 e art. 84-A na Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) –, e alterações posteriores, ampliando o rol de Áreas de Revitalização e estabelecendo-lhes regime urbanístico.

 

PROC. Nº 3309/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 162/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que altera o caput e o inc. I do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 9.989, de 5 de junho de 2006 – que assegura aos estudantes matriculados em estabelecimentos de ensino regular e aos jovens com até 15 (quinze) anos o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e esportivas e dá outras providências –, ampliando para 25% (vinte e cinco por cento) o desconto concedido em espetáculos cinematográficos que ocorrerem em sábados, domingos e feriados.

 

PROC. Nº 3473/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/11, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que altera o Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, excluindo a efeméride Dia da Dona de Casa, no dia 31 de outubro, e incluindo a efeméride Dia Municipal pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, no dia 25 de novembro.

 

PROC. Nº 3508/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 177/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Carlos Ivahy Presser o logradouro público cadastrado conhecido como Praça 3148, localizado nos Bairros Santa Maria Goretti, Passo da Areia e Jardim São Pedro.

 

PROC. Nº 3317/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/11, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao coronel Sérgio Roberto de Abreu.

 

PROC. Nº 3049/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 138/11, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao desembargador Leo Lima.

 

PROC. Nº 3357/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 034/11, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede a Comenda Porto do Sol ao senhor Eder Gerson Aguiar de Oliveira.

 

PROC. Nº 3405/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 171/11, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Boaventura de Sousa Santos.

 

PROC. Nº 3623/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/11, de autoria do Ver. Beto Moesch, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Polícia Civil do Rio Grande do Sul – Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema).

 

 

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0816/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 025/11, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que cria o Programa Municipal de Assistência Técnica à Moradia Social – Atemos –, revoga a Lei Complementar nº 428, de 23 de abril de 1999, e a Lei nº 9.939, de 19 de janeiro de 2006, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 3519/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/11, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Rolf Udo Zelmanowicz.

 

PROC. Nº 3685/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/11, de autoria da Mesa Diretora, que altera o caput do art. 134 e revoga o § 1º do art. 132 e o § 2º do art. 151, todos da Resolução nº 178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre a concessão de títulos honoríficos e sobre o período da Pauta.

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cássia): Não há nenhum Vereador inscrito. (Pausa.) Considero corrida a Pauta. Nada mais havendo a tratar nesta tarde, dou por encerrada a Sessão.

Estão encerrados os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h19min.)

 

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